Confiança do consumidor é a maior desde julho
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas avançou 2,8% em março na comparação com fevereiro, ao passar de 119,4 para 122,7 pontos, informou a FGV nesta segunda-feira, 26. Este é o maior nível desde julho de 2011, quando o índice havia atingido 124,4 pontos.
“O que mais contribuiu para esse bom resultado foi a intenção de compra de bens duráveis. Essa era uma variável que estava freando e segurando confiança do consumidor. Agora a conjuntura está mais favorável para um otimismo mais sustentável dos consumidores”, disse a economista da FGV Viviane Seda Bittencourt.
A intenção de compra de bens duráveis cresceu 10%, pra 87,8 pontos, a maior variação percentual desde dezembro de 2007, quando o momento era de forte aquecimento econômico no país. A FGV mostrou ainda que a parcela dos consumidores que pretende gastar menos diminuiu de 38,0% para 26,0%.
As famílias de menor renda são as mais otimistas a voltar às compras. O índice de confiança nessa faixa de até 2.100 reais por mês avançou 4,8% e atingiu o maior nível da série iniciada em setembro de 2005, ao passo que para as famílias com renda acima de 9.600 reais cresceu apenas 0,3%.
“Essas famílias passaram por um período de arrumação financeira e, agora, estão mais confortáveis”, declarou a economista da FGV, ressaltando ainda que o índice de intenção de compras na faixa mais baixa cresceu 25,2% e na faixa mais alta 4,7%.
De acordo com a FGV, houve melhora tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,6%, passando de 140,5 para 142,7 pontos. Já o Índice de Expectativas cresceu 3,6%, de 108,3 para 112,2 pontos.
Pelo segundo mês consecutivo, o indicador que mede a satisfação com a situação econômica local avançou. Com a alta de 4,5 por cento o índice alcançou o nível mais alto desde março de 2011, quando havia chegado a 117,4 pontos.
Entre fevereiro e março, a proporção de consumidores que avaliam a situação como boa aumentou de 24,4% para 29,8%; e a dos que a julgam ruim subiu em menor proporção, de 17,0% para 17,6%.