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Cooperativas atendem mais de 200 municípios exclusivamente

João Tavares, do Sicredi: “Nosso ritmo de penetração em novas comunidades segue acentuado”

21/02/2021 09h19 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Cooperativas atendem mais de 200 municípios exclusivamente Foto: Divulgação / Sicredi

Estudo do BC aponta que a quantidade de municípios onde a cooperativa de crédito é a única alternativa para obtenção de serviços financeiros passou de 184, em dezembro de 2018, para 202, um ano depois. Segundo o regulador, o aumento reflete tanto a expansão do atendimento presencial quanto a redução do número de agências e postos de atendimento dos bancos. “Enquanto a tendência dos bancos é a busca de aumento da eficiência, reduzindo assim o custo fixo com agências, as cooperativas de crédito vão na contramão, aumentando a presença no interior do País”, reforça o analista sênior da agência de classificação de riscos Fitch, Pedro Carvalho.

O presidente executivo do Sicredi, João Tavares, destaca que a presença física das cooperativas de crédito é um diferencial competitivo. “Nossa atuação é pautada por estar onde as pessoas precisam de nós e, como a inclusão financeira ainda é uma questão em evolução no País, nosso ritmo de penetração em novas comunidades segue acentuado. Nossos planos de expansão em termos de agências em 2020 eram, inclusive, superiores ao que foi realizado”, frisa o executivo.

LONGE DOS BANCOS – Dono de uma empresa de consultoria e treinamento, Mauri Pimentel maneja toda a sua vida financeira pelo aplicativo do Sicoob. Há dez anos já não opera com nenhum banco comercial. “As taxas são muito mais competitivas”, comenta. O empresário lembra que muito antes de o Banco Central impor um limite às cobranças de juros do cheque especial, as cooperativas de crédito já ofereciam taxas acessíveis.

No meio da pandemia, quando viu seu faturamento desabar 80%, Pimentel recorreu ao Sicoob e teve acesso ao Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), lançado pelo governo). Com R$ 50 mil em mãos, e com juros de 3,5% ao ano, Mauri irrigou seu negócio no pior momento e pôde respirar.

No caso dele, a ida a uma agência é raridade. “Apenas em uma emergência”, conta. Todas suas necessidades, tanto como pessoa física quanto jurídica, são resolvidas pelo aplicativo ou internet banking.

Clóvis Amaral, dono de uma loja de peças, acessórios e serviços para motocicletas em Goiânia, é cooperado a uma das cooperativas do Sicoob há 17 anos. Logo no começo da pandemia, quando ficou com seu negócio com as portas fechadas por 30 dias, recebeu a visita do gerente da cooperativa para oferecer uma linha emergencial para capital de giro, que foi prontamente aceita.

Clóvis pegou, assim, um empréstimo de R$ 80 mil, com juros de 0,7% ao mês. Quando o governo lançou o Pronampe, o pequeno empresário recebeu mais uma ligação e visita de seu gerente. Recebeu a proposta de um empréstimo de R$ 200 mil. Clóvis pegou o crédito e aproveitou para pagar a dívida mais cara. “Se não fosse a cooperativa eu teria tido muitos problemas, como vi outras pessoas tendo”, ressalta o empreendedor.

CORPORATIVO – Foi a carteira do Sicoob para micro e pequenas empresas, setor carente de crédito nos grandes bancos, justamente a que mais expandiu no ano passado: 60%. Essa foi a grande alavanca para a carteira de crédito total do Sicoob crescer cerca de 30%, para um saldo de R$ 89 bilhões.

Segundo Almada, do Sicoob, a presença física é crucial. É com ela que a cooperativa conhece melhor as empresas, para entender o seu risco, uma vez que muitas dessas empresas não têm balanços organizados. “A cooperativa olha para o retorno social”, diz.

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