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Crise nas potências derruba preços de alimentos no mercado externo

15/06/2013 14h59 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Crise nas potências derruba preços de alimentos no mercado externo

A crise econômica nos EUA e na Europa e a pausa no crescimento chinês são fatores que estão derrubando os preços agrícolas no mercado global e causando problemas para os produtores brasileiros. O presidente do Sindicato Rural de São Carlos, o engenheiro Eunízio Malagutti, afirma que há muita incerteza neste mercado.

 

“Quase todos os produtos de origem agropecuária estão em baixa no mercado internacional. Isto ocorre porque os países desenvolvidos estão com o crescimento econômico comprometido. Isso faz com que eles economizem até mesmo no consumo da alimentação básica. Até mesmo a China, tida para o Brasil como a grande importadora e consumidora desses produtos, tem adotado uma política e de incertezas, causando altos e baixos e gerando insegurança na negociação de commodities de diversos produtos, como a soja, o milho, carne de frango, de bovinos, suínos, além de produtos siderúrgicos, entre outros”, explica ele.

Para Malagutti, os problemas de infraestrutura do Brasil atrapalham as exportações. “Após a crise de produção de grãos nos Estados Unidos e Austrália, causada pelas intempéries desfavoráveis em 2011, no Brasil a grande produção de grãos teve um aumento considerável, provocando excesso de oferta e, como conseqüência, a baixa de preços na produção interna. A pequena infraestrutura nos portos de exportação e as rodovias e ferrovias [que estão muito distante dos portos de exportação e as regiões de maior produção agrícola] têm causado um excesso de custos que são agregados nos preços da produção. Isso sem falar nos impostos, que, de uma maneira ou de outra incidem nos produtos quando ainda estão dentro das porteiras da prosperidade rural, para depois se incorporar ao agronegócio fora da participação do produtor. Nada mais justo de que o agronegócio tivesse início a partir do produtor, com o cálculo verdadeiro do custo final mais a margem do lucro verdadeiro que lhe permitisse formar o capital de giro, liberando-o dos financiamentos bancários”.

O PIB, segundo Malagutti, será afetado pelo atual cenário internacional. “As baixas das cotações dos produtos agropecuários e outros, estará reduzindo em alguns bilhões de dólares, segundo algumas agências, o saldo comercial apenas no corrente ano, evidenciando um comércio enfraquecido e consequentemente um PIB (Produto Interno Bruto) menor, pois este índice sempre teve no agronegócio durante alguns anos, um alavancamento positivo no resultado da balança comercial”.

Porém, mesmo com todos os problemas, ele aposta que o empresário rural vai continuar acreditando num cenário mais positivo em breve. “Contudo, mesmo com a incertezas que o produtor tem a cada ano, a planejar a próxima safra, ele não esmorece. Ele continua sempre acreditando que o próximo ano será melhor. O homem do campo continua lutando para que o Brasil mantenha, nas próximas décadas, o título de grande seleiro de alimentos para o mundo”.

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