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Desemprego no Brasil cai a 5,8% em maio

21/06/2012 17h15 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Desemprego no Brasil cai a 5,8% em maio

O desemprego brasileiro caiu para 5,8% em maio, ante 6,0% em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 21. Trata-se da menor taxa para meses de maio desde 2002, quando iniciou a série histórica.

 

O número veio melhor do que o esperado pelo mercado. Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana das previsões de 15 analistas consultados, a taxa ficaria estável em 6% no mês passado. As estimativas variaram entre 5,9 e 6,2%.

Apesar da melhora no nível de desemprego, o rendimento médio da população ocupada registrou leve queda de 0,1% no mês passado ante abril, para 1.725,60 reais. Na comparação com um ano antes, no entanto, subiu 4,9%.

“(O resultado do rendimento veio de) uma estabilidade ocorrida por conta de movimentosem Porto Alegree Salvador. São primeiros sinais e temos que ver os próximos meses”, destacou o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo.

O IBGE informou ainda que a população ocupada cresceu 1,2% em maio na comparação com abril e cresceu 2,5% ante o mesmo período do ano anterior, totalizando 22,984 milhões de pessoas nas seis regiões metropolitanas avaliadas.

Já a população desocupada recuou 3,3% em maio quando comparado com abril e registrou queda de 7,1% sobre um ano antes, chegando a 1,414 milhão de pessoas. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.

O fortalecimento da renda e do emprego tem sido uma das principais armas do governo para evitar uma desaceleração ainda maior da economia brasileira, afetada pela crise internacional.

Diante do ritmo lento da atividade no Brasil, a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff já abandonou a previsão inicial de crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e já fala em algo em torno de 3%. O mercado, por sua vez, prevê expansão de apenas 2,30%.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta semana que a economia brasileira crescerá com ritmo de 4% no quarto trimestre e acima de 4,5% no primeiro semestre de 2013.

Para ele, esse cenário é sustentado justamente pela continuidade na geração de emprego e renda, além dos impulsos já dados pelo governo na economia.

O último foi na semana passada, quando foi anunciada uma linha de crédito de 20 bilhões de reais para que os Estados possam realizar investimentos em infraestrutura.

Segundo o IBGE, seis segmentos registraram alta nas contratações em maio sobre abril, com destaque para o de Educação, Saúde e Administração Pública, com alta de 2,7%. Na ponto oposta, o segmento de Construção Civil apresentou queda de 2,9% no período.

O emprego com carteira assinada teve um bom comportamento em maio, com crescimento de 1,1% ante abril e de 3,9% frente a maio de 2011. Na margem, a indústria – que vinha dando sinais de enfraquecimento – também cresceu 0,6% de acordo com o IBGE.

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