Dólar cai 0,13% ante real com baixo volume de negócios
O dólar encerrou esta quinta-feira, 11, com leve queda frente ao real, numa sessão com baixo volume e movimentos contidos depois das perdas acumuladas nas últimas sessões.
A moeda norte-americana cedeu 0,13 por cento, a 1,9730 real na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 2,5 bilhões de dólares.
“Hoje faltou um pouco de liquidez no mercado”, resumiu o operador de câmbio da Intercam Glauber Romanio. “E como houve uma queda acentuada já no começo da semana, (o dólar) relutou um pouco em cair mais hoje.”
O pregão desta quinta-feira marcou a sexta queda consecutiva da moeda norte-americana contra o real, totalizando um tombo de 2,52 por cento no período. O recuo teve início com o anúncio de um estímulo monetário no Japão, que vem alimentando expectativas de entrada de divisas na economia brasileira.
No exterior, o dólar também seguia a tendência das últimas sessões e perdia terreno frente a outras moedas. Às 17h15 (horário de Brasília), a moeda norte-americana perdia 0,31 por cento em relação a uma cesta de divisas, enquanto o euro ganhava 0,26 por cento ante a moeda dos Estados Unidos.
Analistas acreditam que a tendência atual do mercado de câmbio doméstico é de valorização gradativa do real, devido também aos embarques das safras agrícolas brasileiras e a uma provável alta na taxa básica de juro, que tornaria o país mais atrativo para capitais estrangeiros.
Segundo dados do Banco Central divulgados na quarta-feira, o fluxo cambial – entrada e saída de moeda estrangeira do país – registrou déficit de 61 milhões de dólares em abril até o dia 5.
A recente apreciação do real, no entanto, pode acender o sinal amarelo do mercado para uma eventual atuação do BC, uma vez que a autoridade não permitiu em meados de março que o dólar caísse abaixo de 1,95 real, nível visto por muitos analistas como um piso informal de negociação para o dólar.
“Acho que a tendência é de voltar a testar essa banda, sim. Tudo favorece um movimento de apreciação do real”, disse o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno.