Dólar cai e se afasta do teto informal de R$2,05, de olho no BC
O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira, 23, mais distante do teto informal de 2,05 reais atingido durante os negócios na véspera, com investidores mais cautelosos e de olho ainda em possíveis atuações do Banco Central.
A moeda norte-americana encerrou a 2,0368 reais na venda, com recuo de 0,30 por cento ante o fechamento anterior. O giro financeiro foi de 2,328 bilhões de reais, segundo a BM&FBovespa.
Ao longo da sessão, o dólar oscilou entre 2,0455 reais e 2,0366 reais. Na véspera, a divisa norte-americana atingiu no intradia o patamar de 2,05 reais, mas temores de que o BC pudesse intervir para impedir repasses inflacionários limitaram os ganhos.
O baixo volume nesta semana tem deixado ainda as cotações suscetíveis a fluxos pontuais de moeda estrangeira. Nesta quarta-feira, o Banco Central informou que o país registrou saída líquida de 1,729 bilhão de dólares em janeiro, até o dia 21.
“Temos visto saídas pontuais e essas saídas têm pressionado um pouco o câmbio. O mercado não está se arriscando muito”, avaliou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
“O fluxo de divisas para o país, que é o principal fator para o mercado ficar vendido, não tem se mostrado consistente”, acrescentou ele.
Analistas acreditam que o BC manterá o dólar entre 2,0 reais e 2,05 reais no médio prazo, em uma estratégia para impulsionar as exportações sem criar pressões inflacionárias adicionais.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, começou 2013 acelerando, com alta de 0,88 por cento em janeiro, pressionado pelos preços de despesas pessoais e alimentos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira.