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Empresários e Estado juntos no combate a sacolas plásticas

17/01/2012 11h25 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Empresários e Estado juntos no combate a sacolas plásticas

A partir de 25 de janeiro, supermercados de São Carlos não distribuirão as habituais sacolas descartáveis. A partir de então os clientes de supermercados do município devem levar de casa suas sacolas reutilizáveis ou transportarão suas mercadorias em embalagens alternativas e reutilizáveis. Fora isso os estabelecimentos comerciais deverão cobrar as sacolas utilizadas pelos consumidores.

Sem um preço estipulado, os supermercadistas vão cobrar entre R$ 0,18 e R$ 0,22 por unidade de sacolas plásticas convencionais. As embalagens biodegradáveis têm um preço estimado no mercado de aproximadamente R$ 0,89. Já as sacolas retornáveis estão com preço subsidiado pelos supermercadistas e em média são vendidas por R$ 2,50, esclarece o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), que também coordena a regional da entidade na Região Central, da qual São Carlos faz parte,  Aurélio Mialich,em Ribeirão Preto.

Na avaliação do professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), João Manoel Rollo, a única maneira de mudar o comportamento do consumidor e “mexendo no bolso dele”. Para ele com as sacolas plásticas tendo custo, o consumidor irá se atentar ao uso indiscriminado. “Agora se não tiver outra opção, as pessoas vão pegar uma, duas e não dez com se pode ver nos caixas de supermercados”, afirmou.

A dona de casa Helen Rocha não vê problemas na restrição de uso das “sacolinhas de supermercado” no dia-a-dia das compras pequenas. “É possível se organizar e trazer consigo uma sacola retornável”, ressalta.

É dentro dessa perspectiva de engajamento que a Apas espera que a sociedade possa aderir à campanha “Vamos Tirar o Planeta do Sufoco”, feita em parceira com o Governo do Estado de São Paulo. “O objetivo é que os supermercados não distribuam mais as sacolas plásticas e incentivem os clientes a optarem por alternativas reutilizáveis, como caixas de papelão, carrinhos ecológicos ou sacolas biocompostáveis”, explicou Mialich.

A adesão em torno do acordo implanta uma ação que tira mais de 4 milhões de sacolas do descarteem lixo. Esseconsumo equivale anualmente a 216 toneladas das embalagens.

Para a secretária Silvia Mariela Lopes, as pessoas terão de se reeducar e andar com as sacolas retornáveis dentro da bolsa e no carro como já é feito em outros países. “O custo da degradação ambiental é muito alto por conta de um pequeno conforto do consumidor”, afirmou.

Segundo o diretor operacional da rede de supermercado Jaú Serve, José Donizete, que trabalha com 28 lojas na região e cincoem São Carlos, a rede está engajada na campanha. “Nós trazemos para a campanha a experiência de dois anos colhida em Descalvado que nesse período já proibiu o uso de sacolinhas plásticas descartáveis. A adesão da população foi de 100%”, relatou.

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