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EUA têm de crescer mais para melhorar emprego

26/03/2012 16h07 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
EUA têm de crescer mais para melhorar emprego

A economia dos Estados Unidos precisa crescer mais rapidamente se quiser produzir empregos suficientes para baixar ainda mais a taxa de desemprego, disse nesta segunda-feira, 26, o chairman do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos).

 

Bernanke disse que o recente declínio na taxa de desemprego, que caiu de 9,1% no verão passado (no hemisfério norte) para 8,3% em fevereiro, ficou “de certa forma sem sincronia” com o ritmo modesto de crescimento econômico.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 3% no quarto trimestre, mas espera-se que a economia tenha desacelerado para um pouco abaixo de 2% nos primeiros três meses deste ano.

“Mais melhorias significativas em desemprego provavelmente vão exigir uma expansão mais rápida da produção e da demanda dos consumidores e dos empresários, um processo que pode ser apoiado por contínuas políticas acomodativas”, disse Bernanke em um encontro do Associação Nacional para Economia Empresarial.

Bernanke reiterou sua preocupação com o desemprego de longo prazo, mas argumentou contra a ideia de que grande parte do problema se deva a fatores estruturais que políticas monetárias não podem resolver.

“Essa fraqueza continuada em demanda agregada é provavelmente o fator dominante. Consequentemente, as políticas monetárias acomodativas do Federal Reserve, de fornecer apoio para a demanda e para a recuperação, devem ajudar ao longo do tempo a reduzir o desemprego de longo prazo também”, disse.

Bernanke disse ainda que o crescimento salarial nos Estados Unidos é muito pequeno para apresentar um risco inflacionário e apontou que o mercado de trabalho ainda está operando abaixo de seu potencial.

“Os salários não são a maior preocupação para inflação”, disse Bernanke em resposta a questões de economistas empresariais. “Nós ainda precisamos nos preocupar com os preços de commodities e outros fatores, mas os salários até este ponto continuam controlados.”

“A baixa taxa de crescimento salarial é provavelmente consistente com o mercado de trabalho relativamente fraco e com um alto grau de desemprego cíclico”, afirmou o chairman.

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