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Fruta eletrônica deve diminuir perdas para produtores

22/08/2012 12h59 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Fruta eletrônica deve diminuir perdas para produtores

Para reduzir os danos e melhorar a qualidade dos frutos e hortaliças durante a colheita, limpeza e classificação do sistema de beneficiamento, a Embrapa Instrumentação desenvolveu a tecnologia Fruta Eletrônica que foi apresentada no Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças.

 

Os impactos sofridos pelos frutos durante a colheita e beneficiamento podem causar danos internos e externos que afetam a qualidade do produto comercializado. Conhecer os limites para o surgimento de danos físicos é importante para a realização de manuseio adequado, evitando-se prejuízos posteriores. Além de depreciar a qualidade e contribuir muitas vezes, para a imediata perda física do produto, os danos mecânicos favorecem o rápido amadurecimento, senescência, deterioração e consequentemente redução da vida pós-colheita.

A fruta eletrônica é uma esfera instrumentada que consiste em um equipamento com envoltório plástico contendo um acelerômetro triaxial para avaliação de magnitude de impactos e um registrador de aceleração, os dados armazenados são transferidos e analisados em computador, sendo possível mensurar a avaliação da magnitude dos impactos a que os frutos são submetidos nos pontos de transferência das linhas de beneficiamento.

De acordo com pesquisador e um dos coordenadores do curso, Marcos David Ferreira, os danos físicos ocorrem desde a colheita até a chegada do produto ao consumidor. No beneficiamento, os pontos críticos dependem da fruta ou hortaliça beneficiada, tipo de linha de beneficiamento, mas, em geral, os pontos mais críticos são no recebimento, seleção e embalagem.

Com pequenas alterações de baixo custo, é possível adequar esses pontos de maiores impactos para menos impactos e perda de qualidade. Com a troca de materiais usados normalmente durante o processo de beneficiamento, é possível obter melhores resultados de conservação e qualidade do produto.

A gerente Mara Galegário, do Varejão da Qualidade, diz que os prejuízos giram em torno de 8% a 10% dos produtos antes mesmo de serem expostos. O prejuízo aumenta quando os frutos chegam às prateleiras para venda. Os produtos mais perdidos são: batata, tomate, cebola, pera, banana entre outros.

Segundo estudos, as perdas pós-colheita no Brasil chegam de 20 a 30% do total produzido. Por isso, Ferreira ressalta que é extremamente importante implementar ferramentas que possam contribuir para reduzir perdas, frente ao desafio de alimentar uma população mundial cada vez mais crescente.

 

 

 

 

 

 

 

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