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Governo e Congresso se movimentam para ajudar indústria nacional

30/03/2012 09h47 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Governo e Congresso se movimentam para ajudar indústria nacional

O governo prevê anunciar na próxima semana uma série de medidas para aquecer a economia e ajudar a indústria diante da crise econômica internacional. Paralelamente, o deputado federal Newton Lima (PT) lançou na Câmara Federal a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional, uma iniciativa que teve origem em São Carlos com a marcha em prol da indústria nacional, no final do mês passado.

Na concepção do deputado petista, o grupo vai promover debates com representantes do setor empresarial e dos trabalhadores para propor ações para estancar o recuo da participação da indústria brasileira no Produto Interno Bruto (PIB), melhorando sua competitividade aqui e no exterior e qualificando nossa mão de obra.

“No âmbito do Congresso Nacional, a Frente Parlamentar tem por objetivo sensibilizar e mobilizar os parlamentares para a gravidade do problema no setor produtivo. Visa também amplificar o debate, identificar proposições legislativas em tramitação, apresentar propostas que contribuam para o fortalecimento da indústria nacional e criação de mais empregos” acrescentou Lima.

Para o vereador Ronaldo Lopes (PT), à frente do movimento em São Carlos, o trabalho de conscientização dos trabalhadores para manter a indústria ativa no país passa pelo engajamento da classe operária que tem de incorporar a luta pela manutenção dos postos de trabalho e uma melhor visibilidade do produto nacional no mercado.

PACOTE – Entre as medidas que o governo federal prevê estabelecer está a desoneração da folha de pagamento que o governo Dilma garantiu ao grupo de empresários que irá reduzir os juros e proteger o real ante a desvalorização do dólar. No caso da desoneração da folha, o acordo é que a alíquota do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seja reduzida de 20% para zero, e o empresariado opte pelo recolhimento de algo como 1% no faturamento. Até agora, alguns setores aceitavam 1,5%.

TARDIAS – O diretor regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), em São Carlos, Ubiraci Moreno Pires Corrêa, afirma que as medidas do governo federal são tardias, mas chegam para tentar salvar principalmente, a indústria de transformação. Este segmento industrial já teve uma participação perto de 30% dentro do Produto Interno Brasileiro (PIB). “Hoje é de 11%. No ano passado o setor cresceu 0,1% e a projeção para 2012 é negativa”, afirmou Pires Corrêa ao ressaltar qualquer movimento para recuperar a indústria é bem vindo.

PALIATIVO – Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté, Erick Silva, essa medida é paliativa que atende a um anseio do empresariado do segmento de bens industriais, mas que pouco interfere na “necessária” reforma tributária. “É um debate atravessado quando se questiona a relevância de uma reforma tributária. O governo e empresariado deveriam tratar do assunto de forma transversal, revendo a carga de tributos do país, o que não acontece com medidas como essa”, afirmou.

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