Ibaté regulamentará atividades de feiras através de legislação
O prefeito interino de Ibaté, João Siqueira Filho (PP), atendeu a reivindicação da Acipi (Associação Comercial Industrial e Pecuária) do município e não autorizou a realização de feiras comerciais externas. O prefeito assumiu o compromisso de enviar ao Poder Legislativo um projeto de lei confeccionado com a participação dos comerciantes instalados na cidade para disciplinar este tipo de atividade econômica.
Siqueira Filho estuda ainda a criação de um espaço onde os comerciantes do município poderão realizar periodicamente queimas de estoque, saldões e outros eventos com benefícios de preços aos consumidores. A ideia é beneficiar a população mais carente da cidade e desovar estoques. “Nosso objetivo é fortalecer a economia local e prestigiar o empresário local, com a geração de emprego e renda e não beneficiar comerciantes de outras cidades. Por isso, temos que ter regras que garantam as mesmas condições a todos”.
Entende o administrador que é preciso valorizar o comerciante ibateense, até porque a arrecadação do ICMS é muito importante na formação do orçamento do município, que é transformado em benefícios à população através de serviços públicos e obras.
Na manhã de ontem, o prefeito interino, Siqueira Filho, recebeu em seu gabinete o empresário Paulo Gullo, presidente do Sincomercio, entidade que representa legalmente os comerciantes de Ibaté e também a comerciante Miriam Thomaz para debater o assunto.
Gullo ressaltou que atualmente Ibaté tem um comércio dinâmico e que oferece aos seus moradores, tanto no Centro como nos bairros, produtos de qualidade a preços acessíveis.
“Diante desta realidade, o Sincomercio, como entidade regional, deseja fortalecer o lojista local. Temos que conscientizar a todos que estas feiras nômades só trazem prejuízos para a cidade, pois não geram empregos na cidade, chegam em datas próximas a pagamentos salariais e levam o dinheiro da cidade que poderia movimentar o comércio local. Caso algum produto apresente algum problema, o consumidor não tem para quem reclamar. Além disso, não se pode usar espaço público para um evento comercial como este. Seria uma concorrência desleal e caso isso ocorra, não restaria outro caminho para o Sincomercio, a não ser acionar o prefeito na Justiça”, avisa ele.
Feirinha da Madrugada começaria no dia 19
A feira nômade seria realizada entre os dias 19 e 21 de julho, no Centro de Convivência da Melhor Idade. Segundo informações da assessoria da prefeitura, o prefeito interino afirmou que esse evento iria prejudicar o comércio da cidade, daí o motivo do cancelamento. Segundo apurado, a Feirinha da Madrugada deveria trazer mais de 300 comerciantes de outras cidades.
A assessoria também deixou claro que o prefeito interino só tomou conhecimento da realização da feira depois que os comerciantes repudiaram a realização do evento.
Houve o recolhimento de uma taxa de R$ 246,03 no Departamento de Receita Municipal. Os comerciantes fizeram um abaixo-assinado e chegaram a protocolar o documento no Fórum da cidade.