IGP-M acelera para 1,0% na 2a prévia de maio
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 1% na segunda prévia de maio, ante elevação de 0,71% no mesmo período de abril, puxado pelos preços no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 21.
Na primeira prévia de maio, o IGP-M havia acelerado para uma alta de 0,89%, ante elevação de 0,50% no mesmo período de abril.
Dentre os subíndices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo-Mercado (IPA-M) teve alta de 1,24% na segunda prévia de maio, ante inflação de 0,77% em igual período de abril.
Os preços dos Bens Finais avançaram de 0,68% para 0,74% na segunda prévia de maio. A maior contribuição para esta aceleração foi do subgrupo bens de consumo não duráveis exceto alimentação e combustíveis, cuja taxa passou de 0,49% para 1,73%.
No segmento Bens Intermediários, houve aceleração de 0,86% em abril para 1,60%em maio. Odestaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,96% para 1,94%.
O índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação de 1,33% na segunda prévia de maio, ante 0,76% no mês anterior. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram minério de ferro (0,66 para 2,87%), café em grão (-6,14 para -0,40%) e mandioca (-7,66 para -3,29%).
ALIMENTAÇÃO E VESTUÁRIO
Já o Índice de Preços ao Consumidor-Mercado (IPC-M) desacelerou a alta para 0,41%, contra 0,52% anteriormente.
As principais contribuições para o decréscimo da taxa do índice partiram dos grupos Alimentação (0,48 para 0,25%) e Vestuário (0,96 para 0,26%). Nestas classes de despesa destacaram-se os itens frutas (1,27 para -3,19%) e roupas (1,42 para 0,22%), respectivamente.
Também foram registrados decréscimos nas taxas de variação de outras quatro classes de despesa: Transportes (0,37 para 0,19%), Habitação (0,55 para 0,39%), Comunicação (0,07 para -0,25%) e Educação, Leitura e Recreação (0,32 para 0,19%).
O Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado (INCC-M) registrou elevação de 0,81% na segunda prévia de maio, ante alta de 0,82% na segunda apuração de abril.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,38 por cento, ante 0,51% no mês anterior.
O custo da Mão de Obra subiu 1,23% na segunda prévia de maio, ante 1,13% no mesmo período de abril.
Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.
Nas últimas semanas, alguns indicadores de inflação deram sinais de aceleração, principalmente com a alta de 0,64% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em abril, ante avanço de 0,21% em março.
Na quinta-feira, a FGV divulgou ainda que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou elevação de 1,01% em maio, após alta de 0,70% em abril.
A equipe econômica vem rejeitando que a aceleração dos preços possa prejudicar o cumprimento da meta de inflação neste ano, de 4,5 %.
Buscando acelerar a atividade econômica ainda patinando no país, o governo anunciou medidas de estímulo, sendo as mais recentes no início de abril, num pacote de pouco mais de 60 bilhões de reais entre desonerações e nova injeção de capital no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Entretanto, sinais de desaceleração da atividade nos últimos dias já soaram o sinal de alerta, mostrando que o desempenho da economia no primeiro trimestre deste ano será ruim. Tanto é que a previsão inicial de expansão de 4,5% do PIB foi descartada e as contas agora giram em torno de apenas 3,2%.