IGP-M desacelera alta para 0,66% em junho
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou para uma alta de 0,66% em junho, ante elevação de 1,02% em maio, influenciado tanto pelos preços no atacado quanto no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 28.
Em 12 meses, o IGP-M avançou 5,14% e a taxa acumulada no ano é de 3,19%, de acordo com a FGV.
Dentre os subíndices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo-Mercado (IPA-M) teve alta de 0,74% em junho, ante inflação de 1,17% em maio.
Os preços dos Bens Finais avançaram 0,19%, ante 0,57% anteriormente. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de 1,09% para -0,11%.
No segmento Bens Intermediários, houve desaceleração para 1,20%, ante 1,59%em maio. Aprincipal contribuição partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 1,94% para 1,37%.
Já o índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação de 0,76%, contra 1,32% no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram soja em grão (10,05% para 4,30%), leite “in natura” (1,24% para -0,64%) e café em grão (0,16% para -2%).
VAREJO
Por sua vez o Índice de Preços ao Consumidor-Mercado (IPC-M) desacelerou a alta para 0,17%, contra 0,49% visto anteriormente. O destaque ficou para o decréscimo da taxa no grupo Transportes, que passou de 0,13% para -0,78%. Nesta classe, a taxa de variação do automóvel novo passou de -0,21% para -4,10%.
O Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado (INCC-M) registrou elevação de 1,31%, acelerando ante alta de 1,30% na apuração de maio.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,30%, ante 0,35% no mês anterior.
O custo da Mão de Obra subiu 2,28%, ante 2,22% no mês anterior.
Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.
Diante do recente movimento de desaceleração da inflação, o mercado reduziu nesta semana suas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado como inflação oficial.
De acordo com relatório Focus, analistas agora preveem que o IPCA fechará2012 a4,95%, ante 5% na semana anterior.
Esse movimento dos preços dá suporte para que o Banco Central mantenha sua política de redução da taxa básica de juros, com o intuito de impulsionar a economia depois de o Produto Interno Bruto ter crescido apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses de 2011.
Somando-se às medidas de estímulo do governo já feitas, o BC reduziu a Selic em 4% desde agosto passado, para a mínima recorde de 8,50% ao ano atualmente, e a expectativa é de ainda mais reduções.