IGP-M desacelera para 0,68% na 1ª prévia de junho
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou para uma alta de 0,68% na primeira prévia de junho, ante elevação de 0,89% no mesmo período de maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira, 11.
O IGP-M havia fechado maio com alta de 1,02%, ante variação positiva de 0,85% em abril.
Dentre os subíndices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo-Mercado (IPA-M) teve alta de 0,64% na primeira prévia de junho, ante inflação de 1,15% em igual período de maio.
Os preços dos Bens Finais variaram para 0,05%, ante 0,88% anteriormente. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 2,16% para 0,04%.
No segmento Bens Intermediários, houve desaceleração para 1,07%, ante 1,52% na primeira prévia de maio. A principal contribuição partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 1,90% para 1,14%.
O índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação de 0,76%, contra 0,96% no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram: soja em grão (7,74 para 2,35%), algodão em caroço (3,64 para 0,52%) e bovinos (-0,31 para -0,83%).
VAREJO
Já o Índice de Preços ao Consumidor-Mercado (IPC-M) desacelerou a alta para 0,19%, contra 0,29% visto anteriormente. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação.
O principal destaque foi o grupo Transportes, que passou de 0,13 para -0,73%. Nesta classe de despesa, a maior contribuição partiu do item automóvel novo, que foi de -0,38% para -3,24%.
No final de maio, o governo anunciou um pacote para incentivo da venda de automóveis novos em que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados até o final de agosto.
O Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado (INCC-M) registrou elevação de 1,99%, acelerando ante alta de 0,61% na primeira apuração de maio.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,32%, ante 0,33% no mês anterior.
O custo da Mão de Obra subiu 3,61% na primeira prévia de junho, ante 0,88% no mesmo período do mês anterior.
Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.
Na semana passada, a inflação já havia dado sinais de desaceleração. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quarta-feira que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,36% em maio, após alta de 0,64% em abril. .
Isso reforçou as apostas de que o Banco Central continuará reduzindo a taxa básica de juros.
Na sexta-feira, o BC voltou a indicar, por meio da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve fazer novos cortes na taxa básica de juros do país com “parcimônia”.
Para analistas, esses sinais corroboram a perspectiva de que a Selic – hoje a 8,50% ao ano, mínima histórica – será reduzida no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), em julho.