Joalheiros encerram greve contra impostos
Joalheiros da Índia encerraram neste sábado, 7, três semanas de greve, disse um dirigente do setor, depois de garantias do ministro das Finanças, Pranab Mukherjee, de que o governo vai estudar descartar uma proposta orçamentária de arrecadação de impostos sobre jóias sem marca.
“A greve está suspensa a partir de hoje. Vamos abrir nossas lojas a partir de amanhã”, disse o vice-presidente da Associação dos Joalheiros de Mumbai, Kumar Jain.
A época de casamentos está no auge na Índia. O festival de Akshaya Tritiya, um dos maiores eventos para a compra de ouro, marcado para o fim do mês, faz com que este período seja crucial para os joalheiros.
Jain disse que a greve seria retomada em 11 de maio se a retirada dos impostos não se concretizar.
A paralisação foi convocada em protesto contra um tributo de 0,3 por cento a ser aplicado sobre joias sem marca e uma taxa cobrada na fonte sobre transações de valor acima de 200 mil rupias (3.900 dólares). O orçamento anual também dobrou o imposto de importação de ouro, que passou para 4 por cento.
A iniciativa muda as regras do jogo para uma indústria que movimenta 200 bilhões de dólares por ano. Os especialistas previam que a nova tributação cortaria em um terço as importações de ouro, que passariam a 655 toneladas em 2012, permitindo à China superar a Índia como maior importador mundial da commodity.
A greve dos joalheiros resultou em perda de 200 bilhões de rupias (3,92 bilhões de dólares), segundo dirigentes do setor.