29 de Dezembro de 2024

Dólar

Euro

Economia

Jornal Primeira Página > Notícias > Economia > Junho traz o menor volume de exportação do ano

Junho traz o menor volume de exportação do ano

18/07/2012 12h44 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Junho traz o menor volume de exportação do ano

A balança comercial de São Carlos mostrou em junho uma queda de 30% na exportação e de 16% na impostação. O levantamento é feito através do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que calcula a diferença entre o que se exporta da indústria local e os insumos e bens de consumo que são importados pelo setor produtivo da cidade.

 

Nos seis últimos meses a balança comercial tem se mostrado instável no quesito exportação com três meses com saldo negativo e outros três positivo. Até então abril tinha sido o menor índice de exportação com -19,9% que equivale a US$ 26,2 milhões. Junho ultrapassou a cifra e atingiu US$ 22 milhões. Uma diferença de -16%.

Nos seis primeiros meses de 2012 a cidade exportou US$ 161,9 milhões, número inferior em 2,3% ao mesmo período de 2011. Comparados os seis primeiros meses desses anos, percebe-se que a oscilação da balança comercial é semelhante com altos e baixos.

A crise que atingiu o mundo economicamente ativo em 2008 trouxe a variação desde então com fechamento de 2008, 2009 e 2011 com saldo negativo, salvando apenas 2010 com saldo positivo de 11%, o que significou a venda de US$ 340,6 milhões.

O volume de importação se mantém estável nos primeiros seis meses do ano, exceto março que se sobressaiu com as compras no mercado externo equivalendo a US$ 19,2 milhões.  

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Antônio Carlos Thobias Júnior, a queda na balança comercial ocorreu por fatores que refletem um momento de desaceleração da economia no País. “O atual momento econômico mundial não é positivo, a dificuldade dos Estados Unidos em recuperar o crescimento de sua economia, aliada ao grande número de países europeus que passam por crises financeiras, acabou por refletir em nosso mercado”. disse.

Ele afirmou também que existe um trabalho da prefeitura no sentido de auxiliar as empresas a abrirem novos mercados no exterior, buscando parceiros para trabalhar as questões de exportação em duas frentes.

“Estamos orientendo e qualificando os emprendedores do município para que conheçam as oportunidades e desafios de exportar seus produtos e serviços, através de cursos palestras e consultorias podendo ser citado como exemplo a parceria que vem sendo trabalhada junto a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)”, elencou.

Outra vertente, segundo Thobias Júnior, é o fortalecimento dos laços entre a cidade e os  diversos países com os quais os empreendedores locais já mantêm reações empresariais, ou já  tenham prospectado o mercado como sendo atrativo para seus produtos e serviços.

“Outra ação importante tem  a busca de uma aproximação maior com embaixadas e consulados dos países emergentes que serão, sem dúvida, estrategicamente fundamentais para o crescimento das exportações do município, bem como do países. Como resultado desta aproximação temos a expectativa de recebermos, nos próximos meses, um ou mais embaixadores de países africanos”, ressaltou.

 

Bons negócios

Empresário mostra sucesso nas vendas ao exterior

 

Com um panorama inverso aos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior sobre o volume de exportação da cidade, Wilson Mazari, da Apramed, empresa especializada em equipamentos e mobiliário para a área médica, disse que não há crise que tenha abalado seu volume de exportação.

“Com o câmbio estável e o dólar perto de R$ 2,00, a empresa tem mantido seus clientes no exterior. A tecnologia criada por nós com peças sendo fabricadas sob medida trouxe um diferencial que faz os produtos terem credibilidade no mercado”, afirmou.

Mazari ressalta, entretanto que o mercado da Argentina enfraqueceu, mas outras praças supriram com a demanda acentuada. Ele explica que o mercado externo está bem, mas o mercado interno, especialmente para o setor público, poderia ser muito mais promissor.

A Medida Provisória 495, de 2010, baixada pelo então presidente Lula, determina que em concorrência pública para órgãos estatais, produtos nocionais poderiam ter o preço até 25% maior se os concorrentes forem de fabricação estrangeira.

“Ao participar das licitações da área médica não se encontra no edital essa cláusula. Se essa medida fosse adotada, a indústria nacional poderia se proteger do avanço da importação, principalmente, da China”, explicou.

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais antigas
Mais novos Mais Votados
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
plugins premium WordPress
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x