Legumes estão mais caros por causa da chuva
Os prejuízos das chuvas de janeiro já começaram a refletir na mesa dos consumidores com aumento no valor de legumes e hortaliças por causa das grandes perdas em propriedades. O tomate é um dos produtos que mais tiveram alteração de preço, mais de 100% de reajuste.
Por ser um cultivo muito sensível às mudanças climáticas, o tomate estraga no pé por causa do excesso de água, com pouco aproveitamento do fruto o produtor eleva o preço do produto para cobrir os prejuízos.
Hoje, o quilo do tomate chega a estar o mesmo preço ou até mais caro que o quilo do frango congelado inteiro, vendido em açougues entre R$ 5 e R$ 6,50. O tomate que antes era vendido com a variação de R$ 2,50 a R$ 3,50 kg em alguns estabelecimentos e feiras livres, hoje sai de R$ 5 a R$ 8.
De acordo com a gerente do Varejão da Qualidade, Mara Callegário, além do alto preço, as verduras e legumes estão com a qualidade muito inferior. Os produtos necessitam de mais cuidados no manuseio e na exposição nas prateleiras para se evitar mais prejuízos. “Muitos consumidores reclamam do preço e da aparência. Com certeza a queda nas vendas é evidente”, afirma.
Neste período as constantes chuvas castigam as plantações e aos agricultores sobra contabilizarem as perdas no comércio. As propriedades que possuem o sistema de estufas tem menos prejuízos, pois protegem o solo e as folhas dos efeitos climáticos, porém o custo para implantar este sistema custa caro ao produtor.
O agricultor Rogério Amaro Pereira, de 27 anos, integrante do programa Agricultura Familiar, explica que as chuvas excessivas e frequentes machucam as folhas das verduras e as cascas dos legumes, além de acumularem muita umidade na terra, causando apodrecimento da planta.
Pereira calcula o prejuízo de 60% no seu cultivo de folhosas e legumes como alface, chicória, almeirão, berinjela, jiló, vagem e de quase 100% na produção de brócolis e tomate. “Resolvi cultivar tomate na metade do ano passado com esperanças de lucros, mas perdi quase tudo com a chuva, pouca coisa sobrou”, lamenta o produtor.
Na propriedade de Rogério não há estufa para as plantações, apesar de considerar uma solução para diminuição dos prejuízos, porém ele não vê vantagens em implantar o sistema na propriedade arrendada, pois quando deixar o local, terá que desmontar toda estrutura.
Já na propriedade do produtor Noeri Gonçalves, de 46 anos, grande parte do cultivo de hortaliças é protegida por estufas e as perdas foram bem menores por causa da chuva. Mesmo contando menos prejuízos, os valores das folhosas foram reajustados. “A qualidade das verduras em estufa é melhor, por isso é mais cara”, explica.
Aos consumidores resta comprar menos ou substituir o cardápio com outros produtos. A manicure Magna Márcia Santos, 46 anos, diz que quando o tomate está caro compra menos ou substitui por outro legume ou verdura mais barato. “Já estou acostumada com esta situação, por isso não compro nada acima do preço real, mudo a lista de compra para não sair do meu orçamento”, comenta.
Agricultor no BRASIL é uma mer…… mesmo hoje é a chuva , amanhã a seca depois o frio , quando não tiverem mais desculpas , ai é o transporte e por ai vai.