Lobão: parceria entre Petrobras e Eike é possível
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, avaliou nesta quinta-feira, 26, que seria possível a Petrobras fechar parceria com empresas do conglomerado EBX, do bilionário brasileiro Eike Batista, inclusive para a expansão do parque de refino da estatal no país.
“Essa parceria é perfeitamente possível não apenas com ele, com empresários brasileiros ou com empresários internacionais. Não temos nada contra o capital”, afirmou ele ao ser questionado sobre o assunto.
“A Petrobras está construindo refinarias de grande porte e de custo muito elevado. Acatamos e acolhemos parceria com empresas privadas”, acrescentou Lobão a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.
“O maior empresário brasileiro é um dos maiores do mundo e poderá sim se associar a Petrobras em alguns empreendimentos”, disse ele.
Lobão ressaltou a necessidade de o Brasil ampliar o parque de refino para atender a demanda crescente do país e reduzir a importação de alguns produtos, entre eles o diesel.
A partir de 2013 entram em operação pelo calendário da estatal novas unidades de refino da Petrobras.
“As nossas atuais não dão conta do consumo de combustível no país. Por isso, a expansão das refinarias… e é claro que os projetos podem mudar para melhorar, aumentar a capacidade e eficiência”, declarou o ministro de Minas e Energia.
A presidente Dilma Rousseff e o ministro Lobão participam ainda nesta quinta-feira de um evento no porto do Açu, um complexo industrial do grupo do bilionário Eike Batista, no norte do Estado do Rio de Janeiro.
“O empresário desejou mostrar a mim e à presidente as obras adiantadas. O porto vai ser o terceiro maior porto do mundo e portanto é uma obra de grande envergadura nacional”, disse Lobão.
SETOR ELÉTRICO
Com relação a crise da concessionária Celpa, distribuidora de energia do Grupo Rede Energia, no Estado do Pará, e que está em recuperação judicial, Lobão disse que o governo já está ajudando financeiramente a concessionária, por ser sócio da empresa via Eletrobras.
Ele disse que o governo pode dar mais ajuda para evitar falta de energia elétrica no Pará. “Por enquanto, não estamos pensando nisso agora (assumir o controle da Celpa)”, finalizou.
A Eletrobras tem cerca de 34 por cento de participação no capital da distribuidora paraense.