Mantega: IPCA mostra inflação sob controle
O ministro da Fazenda comemorou nesta quinta-feira,5, adesaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março, que registrou alta de 0,21 por cento, depois de subir 0,45 por cento em fevereiro.
“O IPCA… mostra que a inflação está sob controle e abre a possibilidade de um crescimento maior (da economia) neste ano”, disse Guido Mantega ao chegar à sede do Ministério da Fazenda nesta manhã.
Um pouco mais tarde, ao deixar o ministério antes de embarcar para São Paulo, o ministro acrescentou que a redução da inflação “abre possibilidade de um estímulo maior à economia e de queda dos juros no setor privado dos bancos”.
O IPCA – que serve de referência para a meta oficial de inflação – subiu menos do que o esperado. Analistas ouvidos pela Reuters previam que o indicador teria alta de 0,36 por cento em março, segundo mediana das previsões, que iam de0,30 a0,40%.
A meta oficial de inflação é de 4,5% no ano, com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
O governo espera que uma redução das pressões inflacionárias abra espaço para o Banco Central continuar com a política de redução da taxa básica de juros, atualmente em 9,75 ao ano, de forma a estimular o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O objetivo é que o PIB tenha expansão de pelo menos 4% neste ano.
No mercado financeiro, a aposta predominante é que a Selic terminará o ano em 9 por cento e que cairá a este nível já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 17 e 18 de abril.
CÂMBIO
Questionado sobre se o governo prepara novas medidas cambiais para evitar o excesso de valorização do real, o ministro deu uma resposta vaga. “Nunca estamos satisfeitos com o câmbio.”
Essa foi a segunda referência sobre câmbio feita por ele nesta semana. A primeira ocorreu na segunda-feira, quando o ministro citou as medidas cambiais adotadas pelo governo durante a solenidade de apresentação do pacote de medidas para o setor industrial.
Mantega recebeu na manhã desta quinta-feira o médico e acadêmico coreano-americano Jim Yong Kim, candidato à presidência do Banco Mundial apoiado pelos Estados Unidos. O ministro disse que o governo brasileiro definirá posição sobre a eleição na próxima semana, após negociação a ser mantida com demais membros do Brics – grupo formado além do Brasil. Por China, Rússia, Índia e África do Sul.
