Mantega: produção industrial mostra crescimento gradual
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira, 2, que a expansão da produção industrial em agosto mostra que o país já tem um “gradual crescimento da economia”. Segundo ele, a demanda também está aumentando.
“Deixamos para trás o período de crescimento fraco”, disse Mantega a jornalistas ao chegar à sede do ministério.
A produção industrial brasileira subiu 1,5 por cento em agosto frente a julho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Trata-se do melhor resultado desde maio de 2011.
Mantega disse haver sinais de que a expansão observada em agosto vai se manter, pondo fim a um ciclo de retração industrial e ajudando na recuperação da economia brasileira.
O ministro citou como exemplos o aumento da demanda por bens industriais em geral e a ampliação da exportação de produtos manufaturados que, segundo ele, foi beneficiada pelo “câmbio mais favorável” e por desonerações da folha de pagamento.
“Estamos com gradual crescimento da economia brasileira. Estamos deixando para trás a condição pior para a indústria, que vem de um primeiro semestre fraco”, destacou.
Ao comentar a reação de analistas do mercado que ponderaram que o crescimento da produção industrial de agosto veio abaixo do estimado, o ministro disse que 1,5 por cento é um número consistente.
“Tenho a dizer que (os analistas) projetaram mal o número (…), 1,5 por cento é um bom numero, é forte e vai se manter nos próximos meses”, reiterou.
Mantega disse ainda que se não tivesse havido revisão do número de julho – que passou de alta de 0,3 por cento para 0,5 por cento – o percentual de agosto teria sido maior.
Os comentários do ministro nesta terça-feira se limitaram à expansão da produção industrial. Ele não respondeu a questionamentos sobre a decisão do Banco Central de reduzir a previsão de crescimento do país para 2012.
No Relatório Trimestral de Inflação divulgado na semana passada, o BC anunciou crescimento de 1,6 por cento, ante os 2,5 por cento previstos anteriormente.