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Metalúrgicos na Electrolux param produção

19/09/2012 22h16 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Metalúrgicos na Electrolux param produção

Os metalúrgicos na Electrolux realizaram nesta quarta-feira (19), paralisações de uma hora na entrada dos cinco turnos para pressionar a empresa a atender as reivindicações dos trabalhadores, que estão em campanha salarial.

Em negociação realizada nesta terça-feira, 18, a bancada patronal do Grupo 2 (máquinas e eletrônicos), apresentou como proposta o reajuste salarial  de 6% a 6,5%.

De acordo com Erick Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região, a bancada patronal na qual a Electrolux faz parte, apresentou uma proposta absurda e que está muito abaixo do que eles podem pagar. “Além da falta de respeito à categoria, temos relatos de trabalhadores que estão sendo ameaçados por chefias dentro da fábrica, por participarem das assembleias e mobilizações realizadas pelo Sindicato. Não vamos aceitar esse tipo de atitude e exigimos que a empresa tenha no mínimo uma postura decente e deixe que os trabalhadores lutem por seus direitos”, afirmou.

Os metalúrgicos de todo o Estado, filiados à Federação dos Metalurgicos da CUT (FEM-CUT), estão realizando assembleias prolongadas, atrasos nos turnos das fábricas e paralisações desde a semana passada. A finalidade é pressionar as bancadas patronais dos Grupos 2, 3, 8, 10 e Estamparia, que ainda não avançaram no aumento salarial de 8% (INPC de 5,39% referente à data-base da categoria e mais 2,5% de aumento salarial), que é o reajuste reivindicado pelos metalúrgicos.

 

Faturamento em alta – Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) provam que o Grupo 2 pode melhorar sua proposta. Só com a desoneração da folha de pagamentos, ele deixou de recolher R$ 1,6 bilhão para a Receita.

Com a redução de 20% do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o setor economizou mais R$ 1,5 bilhão – bens de capital, por exemplo, tem taxa zero.

Houve ainda a redução da taxa de juros para aquisição de máquinas – que atingiu o menor patamar na história do Brasil –, a queda no custo de energia elétrica (que poderá chegar até 28%) e o aumento em até 25% dos impostos sobre importação, favorecendo as vendas do setor no mercado interno.

Com todos esses benefícios, só no primeiro semestre, o faturamento do G2 cresceu 7% em relação a 2011 e a previsão é que supere 8% até o final do ano.

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