Nível de emprego da indústria paulista sobe 0,29%
O Índice de Nível de Emprego da Indústria de São Paulo avançou 0,29% em maio na comparação com o mês anterior, com dados ajustados sazonalmente, informou nesta quinta-feira,14, aFederação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na série sem ajuste, o indicador subiu 0,80% no mesmo período. Na comparação com maio do ano passado, foi registrada baixa de 2,94 por cento, ainda de acordo com a entidade paulista.
Produzido mensalmente pela Fiesp, o indicador toma como base a resposta de questionários enviados a empresas e sindicatos relacionados à indústria de transformação, para medir contratações e demissões no Estado de São Paulo.
Em escala nacional, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na segunda-feira que o emprego na indústria em abril registrou contração de 0,3% sobre março, recuando 1,4% frente ao mesmo mês de 2011.
Dados sobre emprego têm sido importantes para evidenciar a perda de ritmo da indústria no país, sobretudo após o baixo crescimento do setor em 2011, com peso também no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) nacional do primeiro trimestre deste ano, que avançou apenas 0,2% em relação aos três meses anteriores.
Outro medidor importante do ritmo industrial no país é a utilização da capacidade instalada (UCI), que, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu para 81% em abril, contra 81,5% em março, com dados dessazonalizados.
O governo tem anunciado uma série de medidas para impulsionar o avanço industrial e evitar o que empresários ligados ao setor chamam de “processo de desindustrialização em curso”.
O Banco Central também vem tentando impulsionar a economia, e uma das medidas tem sido a redução da Selic. No final de maio, a autoridade monetária reduziu a taxa básica em 0,50%, para o recorde mínimo de 8,50% ao ano, e deixou a porta aberta para mais cortes “com parcimônia.”
A recente trajetória de alta do dólar frente ao real ajuda a competitividade da indústria, mas os representantes do setor apontam ainda os custos da energia e os juros considerados ainda altos como alguns fatores na contramão do crescimento.