Pesquisadores de São Carlos representam a Embrapa
Os pesquisadores da Embrapa Instrumentação e Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos), Ricardo Inamasu e Alberto Carlos de Campos Bernardi – respectivamente titular e suplente – são os representantes da Embrapa na Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), criada neste mês pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A Comissão foi oficializada no Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão (ConBAP), realizado em Ribeirão Preto, nos dias 24 e 25, pelo secretário Hélcio Campos Botelho da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa.
A CBAP tem como proposta, entre outras, reunir os setores de Agricultura de Precisão (AP) no país, levantar demandas, desenvolver programas, criar bancos de dados, de forma a ter um setor organizado e com maiores condições de articulação.
Inamasu é o coordenador da Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa, criada em 2009, e que envolve 22 unidades da Empresa, além de parceiros de universidades, institutos de pesquisa e empresas, com ais de 200 pesquisadores. A rede inclui 15 campos experimentais distribuídos nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, com pesquisas em 11 culturas perenes e anuais. “Representar a Embrapa e tantas outras instituições na CBAP é uma responsabilidade e um desafio que vão exigir ainda mais empenho nosso para avançar nas pesquisas nesse importante tema no Brasil”, afirma o coordenador.
A Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão é presidida pelo pesquisador da ESALQ/USP, José Paulo Molin, e coordenada pelo engenheiro agrônomo e fiscal federal do Mapa, Fabrício Vieira Juntolli. Além desses, a Comissão é composta por 12 representantes dos principais setores representativos da AP, incluindo setor de máquinas e equipamentos, prestadores de sérvicos, cooperativas até a academia. Com a oficialização da Comissão, Juntolli informou que algumas ações começam a ser implementadas.
O primeiro passo da CBAP foi criar grupos de trabalhos para realizar o levantamento de dados estatísticos com a finalidade de ter o diagnóstico sobre a magnitude do setor no país, especificamente, para a área de máquinas e equipamentos agrícolas de Agricultura de Precisão. A previsão é que este pré-estudo esteja concluído em novembro deste ano.
Outra iniciativa já em andamento, segundo ele, é a disponibilidade de uma linha direta, via internet, sob a coordenação da CBAP, para encaminhamento das principais demandas e entraves do setor. Neste sentido, Juntolli também disse que será disponibilizado um link dentro da página do Mapa para ser abastecido com informações básicas sobre AP. Duas enquetes para levantamento estatístico estão sendo realizadas, uma pela Rede de Agricultura de Precisão e outra pelo presidente da CBAP, José Paulo Molin, sobre a situação de AP no Brasil. Depois, de acordo com Juntolli, essas informações serão cruzadas e disponibilizadas para o setor.
A área de AP ainda deverá ganhar mais apoio com a implementação de uma linha de crédito especificamente para o setor. Juntolli informou que pretende estudar uma linha de financiamento diferenciado e com maior facilidade para o produtor, considerando que hoje este benefício está inserido dentro do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) do Mapa.
Workshop da Rede
Após o término do Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão (ConBAP), em Ribeirão Preto, representantes de 14 unidades da Embrapa e de cinco instituições que fazem parte da Rede de Agricultura de Precisão estão runidos até hoje (28/9) na Embrapa Instrumentação para avaliar e discutir os principais resultados dos projetos em rede. O coordenador, Ricardo Inamasu, informou que o encontro busca apontar as perspectivas para o desenvolvimento de futuros projetos, os impactos a serem alcançados, apresentar equipamentos para uso em AP, realizar treinamento com repositório de dados, além de visitas ao Laboratório Nacional de Agricultura de Precisão, que está em construção e deve ser inaugurado no primeiro semestre de 2013.
Inamasu disse que Embrapa, por meio da Rede tem contribuído para que a técnica de agricultura de precisão seja cada vez mais adotada como um insumo fundamental no país. “Pretendemos continuar com esse trabalho, avaliando nossos passos para que amplie e aumente o potencial de impacto desse esforço”, afirma.