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PIB cresce 1% no primeiro trimestre após 2 anos de queda

02/06/2017 09h00 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
PIB cresce 1% no primeiro trimestre após 2 anos de queda

Fortemente influenciado pela agropecuária, o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1% no primeiro trimestre do ano, comparado ao quarto trimestre de 2016, na série livre de influências sazonais. Esta foi a primeira alta na comparação, após dois anos consecutivos de queda.

Os dados foram divulgados ontem (1º), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam, porém, que apesar da alta, o PIB caiu 0,4% quando comparado ao primeiro trimestre do ano passado, enquanto o resultado acumulado dos quatro últimos trimestres terminados agora em março registra queda de 2,3% – portanto, o acumulado dos últimos doze meses, em relação ao período imediatamente anterior.

Os dados evidenciam o forte crescimento da agropecuária, que fechou o primeiro trimestre do ano com alta de 13,4%, uma vez que a indústria teve expansão de 0,9% e o setor de serviços fechou estável entre um período e outro (0,0%).

Segundo o IBGE, em valores correntes, o PIB encerrou o primeiro trimestre do ano em R$ 1,6 trilhão. A taxa de investimento no primeiro trimestre foi de 15,6% do PIB, abaixo da observada no mesmo período do ano anterior (16,8%). A taxa de poupança foi de 15,7% ante 13,9% no mesmo período de 2016.

PIB cai 0,4% em relação ao 1º trimestre

A queda de 0,4% no PIB do primeiro trimestre do ano, quando comparado ao mesmo trimestre de 2016, constitui o décimo segundo resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. Na mesma base, o valor adicionado a preços básicos teve variação negativa de 0,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios recuaram 0,8%.

Dentre as atividades que contribuem para a geração do valor adicionado, a agropecuária cresceu 15,2% em relação a igual período de 2016; a indústria sofreu queda de 1,1% e o valor adicionado de serviços caiu 1,7%.

Segundo o IBGE, pelo oitavo trimestre consecutivo “todos os componentes da demanda interna apresentaram resultado negativo na comparação com igual período do ano anterior”.

Economista explica expansão do PIB

Apesar do crescimento do PIB – 1% no primeiro trimestre deste ano – ainda não é possível afirmar que a recessão acabou. A opinião é da coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, ao falar hoje, no Rio de Janeiro, sobre o desempenho do Produto Interno Bruto do país nos primeiros três meses do ano.

Para a economista, o crescimento se deu contra uma base bastante deprimida e ainda está muito dependente da agropecuária e da extrativa mineral. “Ainda é cedo e acho razoável esperar um pouco mais. Se você observar, [o crescimento] foi contra uma base comprimida por oito trimestres consecutivos de queda e, se olharmos para longe, veremos que a economia encontra-se no mesmo patamar de 2010”, disse.

Ela destacou a contribuição da agropecuária para a expansão do PIB no primeiro trimestre, que chegou a crescer 13,4% em relação ao último trimestre do ano passado.

“A agropecuária tem um peso de apenas 5,4% na economia, não é nada significativo se levarmos em conta que os serviços, que respondem por mais de 70%, ficaram estagnados [0,0%]. [A agropecuária] contribuiu muito este ano com 15% de aumento no valor adicionado, principalmente em razão da safra recorde. Principalmente a soja, mas também o milho e o arroz – ajudaram na exportação”.

Rebeca destacou ainda a contribuição da extrativa mineral, “que também ajudou com desempenho bom, principalmente o petróleo e o minério de ferro. Que, inclusive, estão com os preços internacionais também mais favoráveis e ajudaram no aumento das exportações”, finalizou.

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