PIB do G20 cresce 0,7%
Resultado representa uma ligeira aceleração ante o avanço de 0,6% registrado no segundo trimestre
Isabella Pugliese Vellani, André Marinho e Laís Adriana/AE
O Produto Interno Bruto (PIB) dos países do G20 aumentou 0,7% no terceiro trimestre ante o anterior, segundo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta quinta-feira, 12. O resultado representa uma ligeira aceleração ante o avanço de 0,6% registrado no segundo trimestre.
Na comparação anual, no entanto, a expansão foi de 2,8% no período, desacelerando em relação aos 3% do trimestre anterior.
Segundo a OCDE, o ritmo de crescimento se manteve praticamente estável no grupo como um todo, apesar de divergências entre alguns países. Índia, Indonésia e Estados Unidos tiveram crescimento estável, enquanto França e Austrália registraram crescimento em menor grau do que México e China. A Alemanha e a Coreia do Sul mostraram recuperação econômica. Os países restantes tiveram um crescimento mais lento, com alta desaceleração no Brasil, Arábia Saudita e Reino Unido. No Canadá, Japão e Itália, o decréscimo foi apenas marginal.
As informações da OCDE mostram ainda que na Turquia o crescimento do PIB continua a contrair, em 0,2%, e na África do Sul se tornou negativo, a -0,3%.
BCE/JURO
O Banco Central Europeu (BCE) reiterou dependência de dados e evitou se comprometer com uma trajetória de juros específica, em comunicado sobre decisão monetária divulgado nesta quinta-feira. “Vamos seguir a abordagem de decidir juros a cada reunião para determinar o nível apropriado da política monetária”, afirmou a autoridade, em nota.
Apesar disso, o banco central expressou confiança no retorno da inflação para a meta de 2% na zona do euro e se comprometeu a manter os preços neste nível no médio prazo. Segundo a nota, os cortes de juros realizados até o momento estão contribuindo para relaxar as condições financeiras no bloco e devem apoiar uma aceleração gradual da demanda doméstica ao longo do tempo.
“A inflação doméstica desacelerou, mas permanece elevada conforme preços e salários em alguns setores ainda passam por ajustes com atraso significativo”, ponderou a autoridade monetária.
O BCE, no entanto, cortou projeções para a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro nos próximos anos. Agora, a equipe econômica projeta que a inflação será de 2,4% em 2024, 2,1% em 2025, 1,9% em 2026 e 2,1% em 2027. Em setembro, a previsão era de alta de 2,9% em 2024 e 2,3% em 2025.
Já a previsão para o crescimento econômico do PIB foi revisada para 0,7% em 2024, 1,1% em 2025, 1,4% em 2026 e 1,3% em 2027. Antes, a projeção era de 0,8% em 2024, 1,3% em 2025 e 1,5% em 2026.
CHINA
As principais autoridades da China reunidas em um importante encontro anual reforçaram nesta quinta-feira, 12, intenção de apoiar a segunda maior economia do planeta e indicaram planos de aumentar o déficit fiscal em 2025, segundo relatos publicados em múltiplos veículos da imprensa local, incluindo a emissora estatal CCTV.
Durante a Conferência Central de Trabalho Econômico, a cúpula do governo chinês enfatizou a necessidade de adotar políticas macroeconômicas proativas e reiterou que o foco no ano que vem será em impulsionar o consumo doméstico.
Os líderes também destacaram intenção de estabilizar os mercados imobiliário e acionário, em linha com a sinalização do Politburo, principal órgão político do país asiático, na última segunda-feira.
As autoridades ainda falaram em cortar o compulsório bancário (RRR, na sigla em inglês) e taxas de juros, embora não tenham especificado datas, conforme a CCTV. (Com informações da Dow Jones Newswires)