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Preços ao produtor brasileiro sobem 1,38%

30/05/2012 15h02 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Preços ao produtor brasileiro sobem 1,38%

O índice de preços ao produtor calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu 1,38% em abril, após alta de 1,04%em março. Avariação foi a maior desde novembro de 2010, quando atingiu 1,43%.

 

O IBGE revisou o dado de março depois de anunciar anteriormente alta de 1,05%.

Em abril de 2011, o índice havia registrado elevação de 0,28%, e no acumulado em 12 meses os preços registram alta de 2,47% no mês passado.

Em abril, 21 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços. As maiores variações de abril em relação a março ocorreram em fumo (7,95%), impressão (3,10%), alimentos (2,81%) e outros produtos químicos (2,78%).

As maiores influências sobre o indicador em abril foram alimentos (0,53%), outros produtos químicos (0,30%), refino de petróleo e produtos de álcool (0,15%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,07%).

Na comparação com o mesmo mês de 2011, as maiores variações de preços ocorreram em fumo (18,17%), calçados e artigos de couro (15,14%), bebidas (10,76%) e outros equipamentos de transporte (10,59%).

As principais influências na comparação de abril contra o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (1,39%), veículos automotores (0,35%), bebidas (0,28%) e metalurgia (-0,26%).

O índice mede os preços “na porta das fábricas” e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.

Indicadores recentes de preços vinham mostrando que a inflação estava perdendo força. Por exemplo, o IPCA-15 -considerado uma prévia da inflação oficial- registrou alta de 0,51% em maio, abaixo do esperado pelo mercado.

A economia brasileira vem mostrando dificuldades em apresentar sinais consistentes de crescimento, sobretudo na indústria, mesmo diante das recentes medidas do governo de estímulo fiscal e monetário, mas acaba tirando uma parte da pressão inflacionária.

O próprio governo já reconheceu que a economia brasileira não começou bem este ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou à Reuters que o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano vai ter expansão entre 3 e 4%, abaixo da previsão inicial do governo de 4,5%.

Esse cenário abre espaço para mais estímulos monetários. Nesta quarta-feira, 30, Comitê de Política Monetária divulgará sua decisão sobre a Selic, atualmente em 9% ao ano, e a expectativa do mercado é de um corte de 0,50%, atingindo o menor nível histórico, segundo pesquisa da Reuters.

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