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Reforma bancária da Espanha decepciona investidores

11/05/2012 16h58 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Reforma bancária da Espanha decepciona investidores

A Espanha ordenou nesta sexta-feira, 11, que seus bancos aumentem significativamente os fundos destinados a cobrir as perdas de crédito imobiliário tóxicos e prometeu ajuda limitada do governo para credores com problemas na forma de empréstimos com juros altos.

 

O risco-país da Espanha, medido pelo spread entre os títulos do governo alemão e os do governo espanhol, disparou durante o anúncio das medidas para 456 pontos e as ações caíram, indicando que os mercados não se convenceram com a mais recente tentativa de solucionar a crise bancária.

O governo de centro-direita também ordenou uma auditoria independente em empréstimos e ativos de todo o setor bancário, conforme a União Europeia havia pedido.

Os bancos têm até o fim do ano para transferir ativos imobiliários para empresas de administração de ativos para uma venda rápida, disse o ministro da Economia Luis de Guindos em uma coletiva de imprensa para anunciar as novas medidas.

Os bancos deverão fazer provisões de 30 bilhões de euros (39 bilhões de dólares), além dos 54 bilhões de euros exigidos em fevereiro, de forma a cobrir tanto os empréstimos com boa performance quanto os ruins.

Para os bancos incapazes de obter a quantia necessária, o governo irá fornecer créditos de cinco anos conversíveis em ações com uma taxa de juros duas vezes maior que a taxa que o governo paga por seus bônus equivalentes.

Os bancos com problemas na Espanha, que tem mais de 184 bilhões de euros em empréstimos e ativos complicados, estão no centro da crise da dívida da zona do euro pelos temores de um resgate massivo que pode levar as finanças públicas da Espanha a um ponto de quebra.

De Guindos estimou que o Estado emprestará menos de 15 bilhões de euros no último dos quatro resgates bancários que a Espanha realizou nos últimos três anos.

O ministro esclareceu que o governo não está injetando dinheiro nos bancos, apenas emprestando, apesar dos bônus conversíveis implicarem que o governo poderá terminar com participações acionárias.

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