Tesouro/Cenários

Tarifaço anunciado não é o pior possível

Embaixada dos EUA/Divulgação/ABr

Flávia Said/AE

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou ontem que a equipe econômica está com lupa com os efeitos da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros vendidos para os EUA, buscando tratar do tema de forma “técnica” e com “razoabilidade”.
Ele evitou falar das medidas já mapeadas para fazer frente aos efeitos do tarifaço, mas afirmou que, mediante as várias exceções publicadas pelos EUA à tarifa de 50%, como suco de laranja e aviação, “este cenário anunciado não é o pior possível”.
“Nosso trabalho sobre tarifas dos EUA foi montar plano [de contingência], estamos refinando”, declarou, em coletiva de imprensa, ressaltando que o plano já está preparado e apresentado ao presidente Lula. O secretário repetiu que precisa aguardar o “comando” para eventuais decisões sobre tarifaço.
Para Ceron, o governo buscará o menor efeito possível do tarifaço para setores e a economia brasileira. Ele também evitou falar do rol de opções que governo tem na mesa e disse ainda não ser recomendável comparar o plano de contingência com medidas passadas para enfrentamento de crises.
Foi repetido ainda que a elevação da tarifa dos EUA não está relacionada com questões comerciais, em referência à contaminação política do tema. Para ele, a relação de séculos entre EUA e Brasil vai se manter. Por ora, os efeitos previstos sobre a balança comercial e fluxo de comércio externo preocupam a equipe econômica, relatou o secretário, sem saber o detalhamento da medida dos EUA.

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