Tombini: Brasil crescerá em ritmo acima de 4,5%
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o Brasil vai crescer a um ritmo de 4% no quarto trimestre de 2012 e acima de 4,5% no primeiro semestre de 2013.
“De acordo com estimativas do próprio mercado, uma visão com a qual eu compartilho, no quarto trimestre de 2012 o Brasil estará crescendo a um ritmo de 4 por cento na comparação com igual período de 2011. E crescerá acima de 4,5 por cento no primeiro semestre de 2013, na mesma base de comparação”, disse o presidente do BC.
Segundo ele, os elementos que darão sustentação à essa melhoria do ritmo de crescimento do país serão a continuidade da geração de emprego e renda, além de impulsos já introduzidos na economia. Para o presidente do BC, os efeitos dessas medidas ainda não se manifestaram plenamente.
Tombini também afirmou haver um processo de “contínua expansão moderada do crédito” e “espaço para ampliação do consumo”.
“É exatamente o consumo que dará propagação ao crescimento, incentivando a realização de novos investimentos privados, os quais darão suporte ao crescimento sustentável nos próximos anos”, sustentou o presidente do BC.
Ele disse que a inflação seguirá em declínio e em direção à meta de 4,5 por cento e ressaltou o processo de desinflação que vem ocorrendo desde o segundo semestre do ano passado.
“É fundamental destacar, neste momento, que a inflação tende a seguir em declínio, a se deslocar na direção da trajetória de metas.”
As avaliações do presidente do Banco Central foram feitas nesta terça-feira durante discurso na comemoração de 15 anos da revista IstoÉ Dinheiro,em São Paulo.
Ao se referir à economia internacional, Tombini reforçou a visão da autoridade monetária de um cenário de longo prazo com crescimento baixo nos principais blocos. “Isso representa para o Brasil um impacto de neutro para desinflacionário”, disse.
Tombini também lembrou que o Brasil convive com um patamar de juros menor do que o praticado há alguns anos. “Aos poucos, começamos a observar uma mudança na estrutura de curvas de juros de médio e longo prazos”, comentou.
O outro lado dessa mudança, observou o presidente do BC, é que “esse novo ambiente exigirá atenção redobrada dos participantes do mercado na assunção e gerenciamento de riscos.”