Tombini: cenário externo será volátil nos próximos 2 anos
O cenário internacional continuará mostrando volatilidade e baixo crescimento nos próximos dois anos e, mais especificamente a Europa, estará sujeitas a maiores turbulências no curto prazo. As afirmações foram feitas pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nesta terça-feira, 12, acrescentando ainda que esse cena externa continua desinflacionária para o Brasil.
“Teremos ao longo dos próximos meses, próximos trimestres, quem sabe ao longo dos próximos dois anos, um cenário ainda caracterizado por volatilidade dos mercados internacionais e um cenário de crescimento baixo”, afirmou Tombini ao participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (Cae) no Senado.
A crise europeia está, neste momento, voltada para a Espanha, que recebeu o sinal verde para usar resgate de até 100 bilhões de euros para recapitalizar seus bancos. Os agentes econômicos, no entanto, avaliam que essa medida pode não ser suficiente e começam a ficar preocupados com a situação na Itália.
Apesar do cenário internacional mais turbulento, Tombini disse que os fluxos das linhas externas de financiamento ao Brasil continuam estáveis, e que o país continua com a política de acumulação das reservas internacionais.
Tombini repetiu ainda que o crédito no Brasil continua se expandindo com taxas moderadas e que há evidências de que a inadimplência melhorará no segundo semestre deste ano.
O presidente do BC disse também que a atividade econômica do país irá acelerar ao longo dos próximos trimestres e que a trajetória da inflação continua de convergência para a meta oficial do governo, de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.