Trabalhadores da VW terão aumento salarial de 65%
Os metalúrgicos que trabalham na fábrica de motores da Volkswagen de São Carlos terá um aumento de 65% nos seus salários entre 2013 e 2016. É o que prevê o acordo coletivo fechado entre o sindicato da categoria e a montadora.
No último domingo (3) os trabalhadores da VW aprovaram, em assembleia, realiza na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região a proposta de acordo com a empresa. A negociação se deu ao longo de três meses com a empresa por meio do sindicato e da Comissão de Fábrica.
O acordo trata sobre itens econômicos, flexibilidades e investimentos.
Com vigência de 2013 a 2016, este acordo garante aumento salarial de 65%, com aumento no piso e tabela salarial para todos os trabalhadores; crescimento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e investimentos na fábrica, na qual todos os novos produtos e ampliações de capacidade de motores serão alocados em São Carlos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Erick Silva, o acordo é positivo por várias razões, tanto de interesse da fábrica quanto dos trabalhadores. Houve, também, no domingo, uma votação em separado só para discutir os assuntos de banco de hora e dias adicionais, sem nenhuma contrapartida.
Entre os pontos discutidos na reunião, estavam os da empresa que pretendia ampliar o tempo das flexibilidades, que são os dias adicionais de produção e o banco de horas, e dos trabalhadores com os reajustes salariais e da PLR.
Aos trabalhadores a conquista maior foi o valor de PLR e abono até o final do acordo que deve chegar aos R$ 70 mil de ampliação do salário.
EQUIPARAÇÃO COM ABC E TAUBATÉ – Erick explicou que quando a Volkswagen se instalou em São Carlos, os salários dos trabalhadores locais eram muito diferente das fábricas de São Bernardo e Taubaté, sendo essas 120% maior. Então, desde 2007 o sindicato vem lutando para melhorar o cenário, até chegar à diferença atual.
Um montador em São Bernardo ganha R$ 4,4 mil e o de São Carlos R$ 2,3 mil. A média da base dos metalúrgicos atual é de R$ 2,3 mil, pegando a massa salarial e dividindo pelo número de trabalhadores. O piso da VW ainda é bem maior do que o de outras duas grandes metalúrgicas de São Carlos. Na Tecumseh, o piso é de R$ 1.200; na Eletrolux, de R$ 1.100; e na Volkswagen, de R$ 1.560.
Segundo Erick, o acordo dos adicionais é interessante, pois eles já determinam quais serão os dias de produção adicional no ano, visualizadas em um calendário que mostra os dias que serão mais trabalhados e o recebimento do adicional majorado, que paga mais adicional de hora extra do que se paga na convenção.
Na convenção, o valor da hora extra corresponde a 100% sobre o valor da hora normal aos domingos, 50% em dias de semana e sábados. Já nos dias adicionais se paga 130% aos domingos e 75% em dias de semana e sábado. Além disso, todo o valor da hora extra, mais o adicional reflexo é pago na sexta-feira seguinte ao trabalho, não sendo necessário esperar o acerto somente na folha de pagamento.
“O banco de hora nos interessa e contribui muito para estabilidade do emprego; a média de rotatividade da Volkswagen é de 0,5% ao ano, e a média da base está entre 13% e 14% ao ano”, explica Silva.
A PLR de 2013 referente a 2012 já está determinada em R$ 2,5 mil, até 2016, assim serão, ao todo, quatro PLRs que terão reajuste do ano passado, com o valor corrigido pela infração que é 6,02%, mais 2% de aumento real, resultando em R$ 13,5mil, e assim sucessivamente pelos próximos anos.
ENQUANTO ISSO A HYUNDAI QUER PAGAR APENAS R$5.600,00 DE PLR AOS SEUS TRABALHADORES MESMO VENDENDO O HB20 QUE NEM AGUA E PRESSIONANDO SEUS COLABORADORES A FAZEREM HORA EXTRA TODOS OS DIAS