Veículos se acumulam no pátio da Ciretran

09/03/2013 12h58 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação

O acúmulo de veículos no pátio da Ciretran representa o alto índice de apreensões realizadas na cidade. Os casos mais comuns para retenção de veículos ocorrem por motivos administrativos, quando o proprietário do veículo não está em dia com a documentação obrigatória ou o mau estado de conservação para circulação.

Atualmente, no pátio da Ciretran, que é administrado pela Prefeitura Municipal, estão guardados 1.200 veículos, sendo 450 motos e 750 carros. O prazo para retirada do bem é de 90 dias, se não ocorrer a retirada, o veículo vai a leilão.

De acordo com o delegado diretor da 26ª Ciretran em São Carlos, 90% dos veículos apreendidos são de procedência administrativa, por falta do pagamento de licenciamento, IPVA, multas ou a má conservação de itens de segurança como pneus carecas, luz de freio, farol e limpadores de para-brisas.

Outros motivos que podem levar à apreensão de veículos são motivos criminais quando há suspeita de roubo, furto ou falsificação e judiciais quando a justiça determina o bloqueio de bens para pagamento de ações requeridas.

Após o veículo ser apreendido, o proprietário é obrigado a pagar, além das despesas para regularizar a situação, os custos de alguns serviços para retirá-lo novamente. No caso de moto, o valor diário do pátio é de R$ 8,50 e para carros de R$ 10,50. Para ambos os casos são cobrados o serviço do guincho de R$ 240.

Essas despesas e outras que porventura venham a ocorrer não são cobradas do proprietário nos casos de apreensão por motivos criminais. Para liberação de veículos apreendidos por motivos administrativos, apenas o delegado da Ciretran dá a autorização de efetuar a devolução ao proprietário. Nos casos criminais, fica a cargo do delegado do Distrito Policial mais próximo à ocorrência de apreensão. E nos casos judiciais, apenas o juiz da ação.

Completando o prazo de espera, se o proprietário não efetuar a retirada do veículo, será aberto o processo de licitação para o leilão público. Até o dia de o leilão ocorrer efetivamente, o proprietário é notificado e o processo divulgado em editais em diversos veículos de comunicação.

Segundo Oliveira, os leilões são necessários justamente para diminuir a quantidade de veículos no pátio. Muitos veículos, por causa da depreciação do bem, acabam comprados para revendas em ferro-velho. Outros que ainda estão em bom estado de conservação podem ser documentados novamente e entrar em circulação.

Por ano, ocorrem cerca de 2 a 3 leilões de veículos que são apreciados de acordo com a conservação apresentada. Durante todo processo de licitação, os arrematadores cadastrados no Detran e com interesse no leilão podem pesquisar e analisar todos os veículos a dispostos por lotes.