Botafogo encara desafios
O Botafogo obteve uma vitória enorme, imensa, sobre o Palmeiras, com o 2 a 1 no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores-2024
Vítor Silva/Botafogo
Não há o que se contestar. O Botafogo obteve uma vitória enorme, imensa, sobre o Palmeiras, com o 2 a 1 no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores-2024, no Estádio Nilton Santos. Grande pela importância, pelo adversário, pelo estádio cheio, pela força demonstrada, pela vantagem obtida.
Ainda que fique uma sensação de que a vitória poderia ter sido maior, qualquer vantagem em confronto mata-mata tem que ser valorizada. Era preciso vencer, até para se recuperar de duas derrotas seguidas (Bahia e Juventude).
A atuação do Botafogo teve como pilares os dois zagueiros (Bastos e Alexander Barboza), os dois volantes (Gregore e Marlon Freitas), os dois pontas (Luiz Henrique e Thiago Almada) e o centroavante (Igor Jesus), com os demais como bons coadjuvantes. Foi um time forte, compacto, firme na defesa, consistente no meio e perigoso no ataque.
O principal ponto a melhorar – e não é de hoje – é ter a capacidade de manter o alto nível de jogo por mais tempo durante uma partida. O Botafogo fez ótima primeira etapa, 15 minutos bons na segunda e no restante já não teve a mesma intensidade nem o poder de ataque.
O problema pode ser resolvido quando o elenco estiver completo. Mas e quando estará? Sem dúvidas, seria bom ter Eduardo, Jeffinho e Júnior Santos como opções disponíveis para Artur Jorge no ataque. Com as alterações atualmente, o Botafogo perde força, intensidade e ímpeto ofensivo.
Tiquinho Soares entrou como segundo atacante (quase um meia), estando mal fisicamente. Tchê Tchê entrou na ponta-direita no lugar de Luiz Henrique, características totalmente diferentes. Matheus Martins, que parece que vai ser boa opção, ainda está sem ritmo e entrou na vaga de Thiago Almada, sem manter o nível.
Os últimos 30 minutos que poderiam ser para o Botafogo tentar buscar o terceiro gol e uma vantagem maior, acabaram sendo tempo para administrar o placar obtido. Seria importante ter opções para mudar cenários e dar mais energia ao time.
Da mesma forma, é estranho ver o Botafogo tirando suas principais peças ofensivas e referências de qualidade, como Luiz Henrique, Thiago Almada e Savarino. Ou até mesmo Marlon Freitas, que é o volante com maior capacidade de armação no elenco. Ainda que a parte física tenha que ser respeitada em meio a uma maratona de jogos, é difícil sempre terminar os jogos sem seus principais jogadores.
Desafio e missão para Artur Jorge, que vai ter que encontrar soluções para jogos importantes contra Flamengo e Palmeiras em sequência. É hora de força máxima e de os jogadores darem o máximo. Descanso fica para datas-Fifa ou semanas de partidas da Copa do Brasil.