Cilic e Murray encaram desafios distintos em Wimbledon
Da última vez em que Marin Cilicjogou em uma grande quadra londrina, foi intensamente vaiado pela plateia e seu momento de glória lhe foi negado.
Por sorte a experiência do mês passado virá a calhar nesta segunda-feira, 2, quando o croata tenta bater Andy Murray na quarta rodada de Wimbledon.
Desde a eliminação surpreendente de Rafael Nadal na segunda rodada, as expectativas têm crescido de que o quarto cabeça de chave Murray se tornará o primeiro britânico a chegar à final do torneio inglês desde Bunny Austin em 1938.
Mas o escocês está ciente de que o que parece fácil no papel -já que a programação de Wimbledon o mostra como o mais bem ranqueado na metade inferior da tabela- não deve ser tão simples em quadra.
Se chegar lá, Murray deve trombar ou com o detentor do título Novak Djokovic ou com o hexacampeão Roger Federer, por isso o título ainda parece distante.
Antes mesmo de pensar na possibilidade de disputá-lo, Murray tem que superar um adversário que vem no embalo de uma série de oito vitórias na grama.
Tanto Cilic quando Murray chegaram perigosamente perto de não concluir suas partidas de terceira rodada no sábado, e vão torcer para que seus corpos não os decepcionem.
Enquanto Cilic teve sorte de completar a vitória em 7-6, 6-4, 6-7 e 6-7 (17-15) sobre Sam Querrey em cinco horas e 31 minutos, Murray venceu sua corrida contra o relógio às 23h02 do horário local -a partida que terminou mais tarde na história do torneio.
Murray ficou de olho na maratona de Cilic durante sua própria partida contra Marcos Baghdatis graças ao telão que mostrava o andamento do confronto na outra quadra. Quanto mais a partida se alongava, mais ele gostava.
“Quando o placar subia e mostrava algo como 15-15, você pensa que é ótimo pra você”, disse Murray, que tem um histórico de cinco vitórias e uma derrota com o croata.