Cruzeiro e Vôlei Futuro em busca do título
Véspera de final é momento de foco. E foi assim que as equipes do Sada Cruzeiro e do Vôlei Futuro estiveram nos treinos da manhã desta sexta-feira, 20, no ginásio Poliesportivo,em São Bernardodo Campo. Neste sábado, 21, as equipes voltam a essa mesma quadra para a grande decisão da Superliga masculina de vôlei 11/12, às 10h.
Comandante do Sada Cruzeiro, o treinador Marcelo Mendez destaca a importância da concentração para a final. E elogia o saque da equipe adversária.
“O grupo está focado e concentrado. Teremos que jogar sempre no limite. O Vôlei Futuro tem um dos melhores times do Brasil e nunca é fácil jogar contra a equipe deles. A qualidade técnica do time de Araçatuba é indiscutível. Além disso, eles têm um saque muito eficiente”, explicou o técnico.
Na disputa do título pela quarta vez, o ponteiro do Sada Cruzeiro, Filipe, ainda não aprendeu a controlar a ansiedade. Campeão na temporada 2004/2005, pelo extinto Banespa, Filipe esteve em outras duas finais de Superliga: na temporada 06/07, pela Cimed, e na edição passada, também pelo Sada Cruzeiro.
“Estou sentindo uma ansiedade normal. Essa já é a minha quarta final. A equipe está bem focada e pronta para disputar o título. O trabalho foi feito durante toda a Superliga e essa foi uma das temporadas em que a equipe mais se entregou. Não tinha dor, frio e nem calor. Está todo mundo treinando e se dedicando. Os mais jovens estão tendo a oportunidade de disputar uma final pela primeira vez e essa mescla de jogadores novos com experientes fez bem a equipe”, comentou Filipe.
Companheiro de Filipe na conquista do título de 2004/2005, o central Michael, agora jogador do Vôlei Futuro, repete o discurso sobre a importância do foco, mesmo no dia em que faz aniversário.
“Desde que começou a preparação para a final, todas as atenções estão voltadas para esse jogo. A partir de hoje, então, quando a ansiedade começa a bater muito mais forte, temos que pensar no que fazer durante e partida e esquecer um pouco dos fatores externos”, afirmou Michael, que faz 29 anos nesta véspera de final.
O outro central do time paulista, Vini, entrará em quadra neste sábado como o único jogador campeão da Superliga passada. Na temporada 10/11, Vini conquistou o título com o Sesi-SP e, nesta, se transferiu para o Vôlei Futuro, pelo qual espera subir no degrau mais alto do pódio novamente.
“Sabemos da dificuldade da partida, mas estamos em um ambiente bacana e o grupo está assimilando bem essa final. É a primeira vez que o clube chega a uma decisão de Superliga e todos estão muito concentrados nessa final de amanhã”, disse o central Vini, que disputa a sua quarta final.
“Nos últimos seis anos foram quatro finais. É muito trabalho e dedicação. Nesses momentos decisivos, passa um filme na minha cabeça de como foi difícil chegar aqui. Tive muita dificuldade na minha carreira por ser um central baixo para os padrões do voleibol mundial. Por isso, dentro da quadra sempre tenho que fazer o meu melhor. Isso é uma questão de sobrevivência dentro do esporte”, finalizou Vini.