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Em Londres, basquete feminino foca 2016

24/07/2012 19h56 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Em Londres, basquete feminino foca 2016

Damiris tem só 19 anos e já assume o papel de “carro-chefe” do basquete feminino do Brasil. Mas só para 2016, numa demonstração clara de que a participação da equipe nos Jogos de Londres está voltada principalmente em preparar a equipe para a Olimpíada do Rio de Janeiro.

 

A pivô é a principal revelação de uma seleção renovada formada com mais da metade de estreantes em Jogos Olímpicos, que vai entrar em quadra na capital britânica sem expectativa de repetir os pódios de Atlanta-1996 e Sydney-2000, mas em busca de experiência.

“Falam que eu vou ser o carro-chefe em 2016, se Deus quiser, então tudo que eu estou aprendendo aqui eu vou passar para as garotas que vão estar chegando em 2016”, disse Damiris após treino da equipe em Londres, nesta terça-feira, garantindo que não sente o peso de ser o símbolo da nova geração do basquete.

“Eu estou me preparando, todo mundo está me ajudando também e vai dar tudo certo”, acrescentou Damiris, que defende a seleção principal desde os 17 anos e foi escolhida pelo Minnesota Lynx, atual campeão, no processo de seleção da WNBA.

O processo de renovação da equipe passou pela contratação do técnico Luis Claudio Tarallo, no final do ano passado. Ex-treinador das seleções de base, onde comandou quase todas as meninas do atual time principal, o treinador foi chamado para iniciar o ciclo olímpico para os Jogos de 2016 no Rio.

“Não estou assumindo no fim de um ciclo olímpico, mas no início do ciclo para 2016”, disse o treinador, cuja equipe tem seis novatas em Olimpíadas.

Tarallo tem o respaldo da diretoria da Confederação Brasileira de Basquete, sob comando da diretora da seleção feminina Hortência, para continuar o trabalho até os Jogos do Rio independentemente do resultado em Londres.

“A gente sempre vai em busca dos resultados, a gente sempre quer jogar com os melhores e ganhar, mas a gente tem que pensar também que temos um planejamento para ir bem em 2016 dentro da nossa casa”, disse a ex-jogadora da seleção, campeã mundial em 1994 e medalhista olímpica de prata nos Jogos de 1996.

“A gente fez uma antecipação trazendo o Tarallo para que ele tivesse uma experiência olímpica, de Mundial e de Pan-Americano antes de 2016. Antecipamos em um ano o que a gente só faria depois dessa Olimpíada.”

Se já era difícil pensar em medalha com o time completo, a situação ficou ainda mais complicada após o corte às vésperas dos Jogos da ala Iziane, a principal jogadora do time, por indisciplina durante o período de preparação da equipe.

Ex-jogadora de Tarallo nas divisões de base, a atleta vinha sendo elogiada por todos na seleção pela mudança de comportamento, após ter sido cortada da Olimpíada de Pequim-2008 por se recusar a entrar em quadra numa partida do pré-olímpico.

Um incidente no hotel onde a equipe estava concentrada, no entanto, pegou todos de surpresa. “Todo mundo ficou surpreendido, ficou um pouco alucinado com a coisa, mas a regra está para ser tomada e infelizmente ela não tomou a postura certa”, disse a pivô Érika, que dividia com Iziane o protagonismo na seleção.

“Mas o que passou passou, a gente agora está focada em jogar bem. Isso nós infelizmente temos que esquecer porque não temos muito tempo para pensar no que já passou.”

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