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Fla amarra Timão em Itaquera

Rubro-negro é inteligente, segura ansioso Corinthians e vai à final da Copa do Brasil

21/10/2024 08h22 - Atualizado há 11 horas Publicado por: Redação
Fla amarra Timão em Itaquera Marcelo Cortes/CR FLAMENGO/ABr

Ricardo Magatti/AE

Nervoso, ansioso, sem controle emocional e incapaz de criar alternativas para derrubar a defesa do Flamengo, o Corinthians não foi capaz de balançar as redes no jogo em que precisava marcar duas vezes e foi eliminado da Copa do Brasil. Inteligente e competente na tarefa de segurar o time paulista, a equipe carioca não deu espaços ao rival, mesmo com um jogador a menos desde o 27 minutos do primeiro tempo, e garantiu sua vaga na final da competição, domingo.

Como havia ganhado o jogo de ida no Maracanã por 1 a 0, o Flamengo jogou com o regulamento no braço e o fez com eficiência Não deu espaços para o Corinthians, quebrou o ritmo de jogo no momento em que os paulistas eram melhores e segurou o empate sem gols na Neo Química Arena, onde 46 mil corintianos se calaram ao apito final.

O Corinthians careceu de criatividade e não encontrou soluções para vencer a defesa armada com inteligência pelo técnico Filipe Luís. Também foi inferior fisicamente e mentalmente em relação ao Flamengo, que jogou como se estivesse em casa. Cadenciou quando precisou e acelerou quando era necessário.

Na decisão, o Flamengo enfrentará o Atlético-MG, que eliminou o Vasco. As finais estão marcadas para os dias 3 e 10 de novembro

Foi mais brigado e disputado do que jogado o duelo que definiu o último finalista da Copa do Brasil. Sobretudo no primeiro tempo, foram mais discussões, faltas e erros, geralmente fruto de nervosismo e ansiedade, do que bom futebol, como até era esperado, dada a importância da partida.

Desde o primeiro minuto, o Corinthians, naturalmente, foi quem mais tentou e criou. Teve robusto volume de jogo, no entanto, encontrou uma fortaleza à sua frente que não conseguiu derrubar por falta de criatividade e por competência do adversário.

O Flamengo se fechou e se armou para contra-atacar. Até achou um gol, que deixaria sua missão facilitada, mas Alex Sandro estava impedido por alguns centímetros, como apontou o VAR ao árbitro Anderson Daronco, que anulou o lance.

Quando Bruno Henrique foi expulso por acertar a sola da chuteira na cabeça de Matheuzinho aos 27 minutos do primeiro tempo, os mais de 46 mil corintianos nas arquibancadas da Neo Química Arena se animaram.

O pensamento era óbvio: com um a mais, o time paulista conseguiria, enfim, suplantar o bloqueio defensivo do rival carioca. Pensamento enganoso. O Flamengo se fechou ainda mais com o zagueiro Fabrício Bruno no lugar do apagado Gabigol e permitiu poucas chances ao Corinthians. Nenhuma delas foi aproveitada.

A partida decisiva continuou nervosa na etapa final. O Corinthians passou a criar mais e se abriu sem um volante, José Martínez, e com um meia-atacante, o peruano Carrillo, em campo. Os anfitriões incomodaram mais os visitantes, intensificaram a pressão e tentaram de diferentes maneiras chegar ao gol do rival, com arremates de fora da área, lançamentos, cruzamentos e ultrapassagens. O problema é que, ansioso, o time alvinegro errou bastante no momento de definir as jogadas.

À medida que o tempo passava, aumentavam a tensão e a apreensão nos corintianos, enquanto se mantiveram seguros e tranquilos os flamenguistas, competentes na missão de não deixar o rival jogar, mesmo com dez jogadores em campo.

Inquieto e insatisfeito, Ramon Díaz deixou a equipe com três meias e três atacantes, sem volante, e com maior capacidade de criar, ao menos na teoria. Porque na prática a equipe paulista se movimentou muito, se entregou e buscou encontrar os espaços, mas falhou nessa tarefa. Yuri Alberto podia ter mudado esse cenário, só que cabeceou mal, torto, na primeira tentativa, e depois viu Rossi fazer bonita defesa na conclusão de canhota do atacante. Já o garoto Giovane fez tudo certo em jogada individual até finalizar fraco nas mãos do goleiro argentino.

O tempo passou rápido, ainda que tenha sido longo o período de acréscimo, e as oportunidades minguaram. O Flamengo quebrou com esperteza o ritmo do jogo, principalmente graças ao talento e à frieza de Gerson, enervou ainda mais o Corinthians e segurou o oponente até Anderson Daronco apitar pela última vez e permitir a comemoração dos flamenguistas na Neo Química Arena.

 

 

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 0 X 0 FLAMENGO

CORINTHIANS – Hugo Souza; Matheuzinho (Giovane), André Ramalho, Gustavo Henrique (Félix Torres) e Matheus Bidu; José Martínez (Carillo), Charles (Igor Coronado) e Rodrigo Garro; Talles Magno (Pedro Henrique), Romero e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.

FLAMENGO – Rossi, Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro (Ayrton Lucas); Erick Pulgar, De la Cruz (Alcaraz), Gerson e Arrascaeta (Plata); Gabigol (Fabricio Bruno) e Bruno Henrique. Técnico: Filipe Luís.

CARTÕES AMARELOS – Gustavo Henrique, Gerson, Alex Sandro, Pedro Henrique e Erick Pulgar.

CARTÃO VERMELHO – Bruno Henrique.

RENDA – R$ 3.023.876,00.

PÚBLICO – 46.426 torcedores.

ÁRBITRO – Anderson Daronco (RS).

LOCAL – Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

 

 

Diretor/Corinthians:

‘Daronco recebeu camisa do Fla’

 AE

Uma polêmica marcou a classificação do Flamengo para a final da Copa do Brasil. O time carioca segurou o empate por 0 a 0 com o Corinthians domingo, Na Neo Química Arena, e avançou para a decisão do torneio.

Vinicius Cascone, diretor jurídico do Corinthians, deixou o estádio indignado. De acordo com ele, um membro da delegação do Flamengo teria dado uma camisa do clube carioca para o árbitro Anderson Daronco depois do jogo.

Revoltado com a situação, Cascone dirigiu-se até o vestiário da arbitragem e exigiu que o suposto ocorrido fosse registrado na súmula da partida. Mas isso não aconteceu.

Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, foi questionado sobre a reclamação do dirigente corintiano. O dirigente ironizou.

“Imputar qualquer tipo de situação à arbitragem de hoje é piada. É uma piada falar de camisa. Não vi se deu camisa ou não. Se deu, não adiantou nada, foi pior”, disse Marcos Braz.

Para o dirigente do Flamengo, o clube carioca ainda foi prejudicado na partida. Segundo ele, o zagueiro Gustavo Henrique, do Corinthians, deveria ter sido expulso no primeiro tempo do confronto.

“A arbitragem errou no primeiro lance do jogo ao não expulsar o jogador (Gustavo Henrique). Não tinha cobertura nenhuma. Tiveram cartões desproporcionais. O Corinthians não tem que reclamar de nada, a gente que tem. Chegamos com o som ambiente do estádio revertido para dentro do vestiário. Uma loucura, não dava para ouvir nada, luzes apagadas… O quarto árbitro resolveu bem”, continuou.

O Flamengo vai enfrentar o Atlético-MG na final da Copa do Brasil. Os dois jogos vão acontecer nos dias 3 de 10 de novembro A CBF fará um sorteio na quinta-feira para definir os locais dos confrontos.

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