Ginástica faz história com ouro inédito
Além do ouro, os brasileiros ainda se garantiram em oito finais individuais. Na disputa individual geral, Sergio Sasaki, primeiro colocado depois desta terça, e Petrix Barbosa brigarão por medalha nesta quarta-feira. Sérgio Sasaki ainda disputará as finais por aparelho no solo, cavalo com alças e barras paralelas; Diego Hypólito brigará pela medalha no solo e no salto sobre o cavalo; e Arthur Zanetti garantiu uma vaga na final das argolas.
Ginasta mais experiente da equipe, Diego contou com o auxílio luxuoso de Sasaki para comandar o Brasil na luta pelo ouro. O campeão mundial no solo fez a sua parte e garantiu a melhor nota do Brasil no aparelho, mas as boas exibições do estreante em todas as rotações foram fundamentais para garantir uma pontuação superior à de Porto Rico.
“Não sabia que era a milésima medalha, é um ouro histórico mesmo!”, vibrou Diego. “Essa era a medalha que eu mais queria aqui. Ela tem um sabor muito especial, porque é resultado de um trabalho de equipe muito forte. Sempre fiz questão de dizer que não existe só o Diego na ginástica masculina e está provado agora. Temos vários atletas do mesmo nível e isso faz com que a gente cresça, porque ninguém está totalmente seguro na seleção. Ganhar de Porto Rico, Estados Unidos e Canadá não é uma coisa fácil, estou muito feliz com essa conquista”.
O Brasil começou seu rodízio passando pelo cavalo com alças. A equipe contou com a boa apresentação de Sergio Sasaki, que valeu a segunda melhor nota do dia (14.600), para chegar ao total de 55.200 pontos. Nas argolas, quem brilhou foi Arthur Zanetti. Seguro, o ginasta brasileiro chamou a atenção pela precisão na execução de sua série e obteve nota 15.500, a mais alta de toda a competição, ajudando a equipe a somar 57.300 no aparelho.
Sérgio Sasaki voltou a ser o melhor da equipe brasileira no salto sobre o cavalo. Seu salto recebeu nota 16.050, superada apenas por outros três ginastas. Arthur Zanetti ficou com a segunda melhor pontuação da equipe (15.800) e o Brasil fechou a passagem pelo aparelho com a boa pontuação de 62.800. Nas barras paralelas, Sasaki e Petrix Barbosa receberam respectivamente 14.550 e 14.200 pontos, maiores notas do time brasileiro, que deixou o aparelho com 56.700. Na barra fixa, Francisco Barreto sofreu uma queda e o Brasil somou um total de 55.450 pontos.
A equipe partiu para o último aparelho, o solo, precisando de boas notas para superar Porto Rico. Os 15.600 obtidos por Diego Hypólito fizeram a diferença e o país chegou a 58.650 pontos, enquanto o último ginasta porto-riquenho ainda se apresentava na barra fixa em busca de preciosos pontos para impedir a derrota. A equipe brasileira segurou a comemoração e aguardou abraçada até que a pequena diferença de 1.250 pontos fosse confirmada no telão do ginásio.
“Essa equipe encaixou como uma luva. A gente queria muito esse ouro e a juventude na equipe foi fundamental. O Brasil precisa acreditar na gente a partir de agora. Os veteranos são muito importantes, mas o país não parou. Existe uma nova leva de bons ginastas como nós e temos que continuar nesse caminho, porque tem de haver mais Diegos. A gente está fazendo história”, disse Sasaki. (cob.org.br)