Humilde, Deola não se sente titular
Dono da meta palmeirense há oito jogos consecutivos, o goleiro Deola está cada vez mais consolidado na equipe titular do Verdão. O camisa 22 tem um total de 35 partidas nesta temporada e está a apenas duas de superar o número de presenças registrado no ano passado (37). Porém, mesmo com o fim da carreira do ídolo Marcos se aproximando, o prata da casa não se sente intocável.
“A cada jogo tenho de provar mais e mais porque a concorrência é muito grande. Mesmo quando o Marcos estava jogando eu me sentia bastante útil porque tinha coisas boas a passar, então nunca me senti desprezado. Nenhum outro goleiro que está no Palmeiras se sente assim. Estou há 11 anos esperando esta oportunidade. O Bruno saiu agora e está na Portuguesa, mas todo mundo espera o momento certo de jogar e um ajuda o outro. A grande vantagem do Palmeiras é que todos os goleiros são bons e isso faz com que você nunca deixe de se empenhar, porque, se der uma vacilada, o outro passa rapidinho.”
Deola, aliás, não vê muito problema em haver um revezamento de peças no time, desde que a reposição seja à altura. “Titular absoluto não tem nenhum. O Brasileiro é campeonato longo, é difícil manter a formação, tanto por convocações, lesões, cartões… Por isso, há a importância de se ter um elenco grande, para ter peças de reposição sempre. Tiveram alguns momentos em que faltaram esses jogadores, pois nosso elenco é mais reduzido, e em determinados momentos teve uma ou outra posição sem essas peças. Em termos de não repetir a escalação, acaba não atrapalhando muito porque a gente treina todo dia e estão todos entrosados. O maior problema em não repetir escalação é essa parte de não ter uma peça para repor.”
Sobre mais uma troca de estádio, já que a equipe retornará à Arena Barueri, Deola não vê “muita diferença”. “Esse é um problema não só nosso, mas de todos os clubes que perderam seus estádios. O Palmeiras tem a Arena em construção, mas o Cruzeiro também não tem estádio, alguns cariocas também… O Cruzeiro e o Atlético já jogaram em vários lugares, e com o Palmeiras está sendo assim também. Continua sendo mando nosso, a torcida maior é a nossa. A gente conhece o Pacaembu, o Canindé, a Arena Barueri, e todos são estádios próximos da gente, então não tem diferença. Conseguimos uma sequência muito grande sem perder no Canindé, mas na Arena Barueri também temos uma sequência grande de vitórias.”
Por fim, o goleiro reconheceu que a torcida alviverde tem sofrido muito com a falta de títulos nos últimos anos e disse que cabe apenas aos jogadores fazer o Palmeiras voltar a ser temido. “Isso somos nós que temos de fazer. Todo mundo vinha jogar contra o Palmeiras e respeitava, mas a falta de resultados é que acaba tirando um pouco desse esse respeito, desse medo de encarar o Palmeiras. É lógico que os jogadores que estão aqui agora não são totalmente culpados por o time estar há três anos sem títulos, e a maior parte do elenco não pode carregar essa culpa toda, mas todos aqui sabem da importância e do peso de defender o Palmeiras. A gente sabe da necessidade de conquistar um título e voltar a obter vitórias honrosas para elevar novamente o nome do Palmeiras. O clube é muito grande, é uma instituição quase centenária que merece todo o respeito do mundo.” (Agência Palmeiras – Marcelo Cazavia)