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Maurine: “meu pai pediu o ouro no hospital”

26/10/2011 12h04 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Maurine: “meu pai pediu o ouro no hospital”
A lateral-direita Maurine acabou se transformando na grande personagem da partida semifinal desta terça-feira, 25, que levou o Brasil à final do futebol feminino no Pan de Guadalajara. No domingo, dia 23, ela recebeu a notícia de que seu pai, Brasil Gonçalves, havia facelido. A comissão técnica a deixou à vontade para voltar ao Brasil e ficar ao lado de sua família, mas ela preferiu permanecer no México e foi coroada com o gol da classificação.
“Pra mim não foi fácil, mas as minhas companheiras sempre me ajudaram me fazendo sorrir. Quando ouvi o apito final, deixei toda a tristeza pra trás. Antes de vir para o Pan deGuadalajara eu fui visitar o meu pai no hospital e ele pediu para eu trazer a medalha de ouro. Hoje, ele é uma estrelinha no céu e eu quero cumprir aquilo que ele me pediu”, garantiu Maurine.

A atacante Thaís revelou que todas as jogadoras ficaram ao lado de Maurine, sempre dando força e apoiando à atleta neste momento de tristeza. “Eu também perdi meu pai durante uma competição e sei bem como é esta dor. Por isso, fiz questão de dar todo o suporte necessário para que ela se sentisse bem e confortável”, contou Thaís.

O técnico Kleiton Lima revelou que sua preleção foi feita em cima do drama vivido pela atleta brasileira. “Este triste episódio acabou por fechar ainda mais o grupo. Todas ficaram enlutadas junto com a Maurine. Falei pra elas que até o nome do pai era simbólico: Brasil. Ou seja, estava representando cada pai das atletas da nossa equipe”, disse Kleiton.

Sobre o jogo com o México, o técnico brasileiro ressaltou que foi uma vitória merecida. “Buscamos o gol o tempo todo e ainda criamos várias outras oportunidades de marcar, principalmente no segundo tempo”, disse Kleiton, que voltou a criticar o gramado sintético do Estádio Omnilife: “É muito ruim jogar aqui. Dificulta o arranque, o domínio e o toque de bola. As meninas estão acostumadas com o grama natural”, completou.

Kleiton, entretanto, não acha que isso será o maior problema para a partida final. Ele pretende estudar mais o futuro adversário. “Se for o Canadá, já sabemos alguma coisa, pois jogamos contra elas. A Colômbia, nem tanto”, admitiu Kleiton Lima. (cob.org.br)

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