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Sobreviventes de ataque se emocionam no retorno

23/02/2012 21h15 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Sobreviventes de ataque se emocionam no retorno

Um sobrevivente do ataque aos Jogos Olímpicos de Munique em 1972 sentiu como se estivesse “flutuando sobre uma nuvem de amor” ao retornar para a cidade do sul da Alemanha nesta semana com vários outros companheiros de equipe para participar de um documentário que marca o 40o aniversário do incidente.

Os sete homens, todos membros da equipe olímpica israelense que foi atacada por homens armados palestinos em 5 de setembro de 1972, disseram que o retorno à cidade que marcou suas vidas para sempre foi uma experiência de emoções confusas.

Eles estavam entre aqueles que conseguiram sobreviver quando, no chamado Setembro Negro, homens escalaram a cerca que delimitava a vila dos atletas olímpicos com armas escondidas em meio a uma segurança reduzida.

Nas 24 horas seguintes, 11 israelenses, cinco palestinos e um policial alemão foram mortos depois que um impasse e posterior esforço de resgate levaram a um tiroteio.

“É um sentimento confuso”, disse o ex-nadador olímpico Avraham Melamed, de 67 anos, após retornar ao Estádio Olímpico nesta quinta-feira.

“Nós estamos aqui tendo um grande momento, mas baseado no pior momento. Nossa visita aqui é fantástica. Sinto como se estivesse flutuando sobre uma nuvem de amor, mas as famílias e as vítimas e as famílias das vítimas compartilham uma realidade completamente diferente”, disse Melamed, que escapou ileso.

Essa foi a primeira visita dele à Alemanha desde 1972. O ex-atleta agora vive nos Estados Unidos.

O ex-esgrimista Dan Alon se aposentou do esporte logo após os ataques a seus companheiros de equipe.

“Eu sempre me sinto bem em Munique, mas tenho algumas lembranças ruins também. Não tenho nada contra os alemães … Eu só tenho uma coisa a culpar: os terroristas, infelizmente”, disse Alon a jornalistas.

“Esperamos que um dia não haja mais terror em todo o mundo”, acrescentou.

Seu companheiro de equipe, Shaul Ladany, disse que estava desfrutando do momento em Munique, compartilhando a experiência olímpica com outros atletas até o dia que mudou os Jogos para sempre.

“Eu ia a todos os lugares. Tinha amigos e treinei com os canadenses e os americanos que eu conhecia muito bem, os atletas alemães, treinei com os italianos”, declarou Ladany, que também é sobrevivente dos campos de concentração nazistas e visita os túmulos de seus companheiros assassinados, em Tel-Aviv, todos os anos em 6 de setembro.

O documentário sobre 40o aniversário do ataque não se concentra apenas no evento fatal em si, mas também no destino dos sobreviventes, incluindo aqueles que regressaram a Munique.

“Quando o Bio Channel decidiu fazer esse filme, fiquei muito, muito animado. Pelo menos agora, depois de tantos anos, podemos nos unir e dizer ao mundo tudo o que sabemos”, disse Alon.

O documentário será transmitido no The Biography Channel em 7 de julho, dois meses antes do aniversário do ataque.

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