Na volta dos Jogos Pan-americanos ao México, a equipe de tiro esportivo briga pela conquista de uma medalha de ouro que levou pela última vez na edição da Cidade do México, em 1975. Depois de bater na trave, com medalhas de prata em Santo Domingo 2003 e Rio 2007, a equipe luta contra a hegemonia americana na modalidade. A disputa do tiro começa neste domingo, 16, a partir das 9h (12h de Brasília), com as provas de pistola de ar 10 metros para homens e mulheres, no Club Cinegético Jalisciense.
A maior esperança brasileira na prova de pistola do ar é Julio Almeida, medalha de prata no nos Jogos Pan-americanos Rio 2007 e vice-campeão mundial em 2010. “Durante todo o ano, ele obteve ótimos resultados em campeonatos internacionais. Se repeti-los aqui, tem todas as condições de sair com o ouro e a vaga em Londres”, afirmou Ricardo Brenck, chefe da equipe. No tiro esportivo, a classificação para os Jogos Olímpicos feita por posição regional. Julio se mostra confiante. “Participo de duas provas e vejo que tenho chance de medalha em ambas. Hoje eu chego muito mais bem preparado ao Pan de Guadalajara do que cheguei ao Rio”, disse. A dedicação ao esporte tem feito a diferença para ele. “Acredito que tenho chances reais de chegar ao ouro na pistola de ar 10 metros. Para o Rio, quando consegui a prata, eu pude me dedicar aos treinos durante um mês. Agora, posso dizer que sou atirador em tempo integral há um ano”, destacou.
Além de classificar atletas para Londres, a expectativa brasileira é superar os resultados dos últimos três Pan-americanos, quando conquistou uma, três e duas medalhas, respectivamente. “Nossa meta é encerrar a participação no México com cinco medalhas. Seria um excelente resultado”, disse Brenck. O torneio de tiro esportivo vai até o dia 22 de outubro e conta com 15 provas.
Para se adaptar aos efeitos da altitude de 1,500m em Guadalajara, a equipe de tiro já treina na cidade há uma semana, em período de aclimatação. Veterano de aparições no Pan, com seis participações consecutivas na competição, o atirador Rodrigo Bastos, que competirá na fossa olímpica, festejou a fase de preparação. “Em lugares com altitude, é sempre bom chegar um pouco antes e ver os efeitos que ela pode ter”, contou. “Tivemos uma estrutura ótima em toda a nossa preparação”, acrescentou Bastos, que tem no currículo uma prata em Santo Domingo 2003 e um bronze em Indianápolis 1987.
Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/COB