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Valcke alerta que estádio de Manaus preocupa

30/11/2012 17h43 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Valcke alerta que estádio de Manaus preocupa

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou nesta sexta-feira, 30, que o estádio de Manaus é uma preocupação para a Copa do Mundo e a arena precisa ficar pronta até dezembro do ano que vem, antes do sorteio dos grupos, para não correr o risco de ser retirada da competição de 2014.

 

“A única cidade que temos comentários negativos, que tem que acelerar é Manaus. Se você olha para a foto do estádio de Manaus, entende por que é uma grande preocupação”, disse Valcke em entrevista à mídia estrangeira em São Paulo.

O prazo para a entrega de todos os 12 estádios para o Mundial, reforçou Valcke, é dezembro de 2013, quando acontecerá o sorteio dos grupos para o torneio.

Segundo informações do governo local, a Arena da Amazônia atingiu 45 por cento de suas obras concluídas em outubro, e Valcke advertiu que “há muito trabalho a fazer”.

“Na Copa das Confederações fomos mais flexíveis, mas para a Copa do Mundo precisamos do estádio pronto com antecedência, precisamos de três eventos-teste. (Menos do que isso) é tecnicamente impossível”, afirmou ele.

“Não há plano B, (mas) é possível retirar um estádio, aconteceu isso na Copa das Confederações da Alemanha e na Copa das Confederações da África do Sul, e funcionou. O ponto que tem que ficar claro é que precisamos do estádio antes do sorteio. Qualquer decisão para a Copa Mundo precisa ser tomada antes do sorteio final”, acrescentou.

Valcke disse que está fazendo o alerta, enquanto há tempo de a cidade de Manaus acelerar seus preparativos.

Para a Copa das Confederações de 2013, apenas dois dos seis estádios ficarão prontos no prazo inicialmente estabelecido pela Fifa, dezembro deste ano, e a entidade determinou esta semana que todos devem ser entregues em abril para a realização de eventos-teste.

 

INFRAESTRUTURA

Valcke disse que apesar de o Brasil ser a sexta economia do mundo, o país tem vários problemas de infraestrura, como transportes, acomodação, aeroportos e segurança, e reconhece que nem todos os projetos ficarão prontos para o Mundial.

“Há projetos atrasados, e nem todos esses projetos são relacionados à Copa Mundo, a Copa do Mundo é uma forma de realizá-los.” Mas o dirigente destacou que se o projeto se refere ao Mundial, a entidade interfere “imediatamente”.

Ele voltou a dizer que o Brasil precisa oferecer uma estrutura confortável aos torcedores e também aos jogadores e que o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, está coordenando as ações para que isso aconteça.

O dirigente da Fifa contou que a partir da entrada da Fernandes no Comitê Organizador Local (COL), em maio, a relação entre a entidade internacional, o governo e o COL melhorou muito.

Valcke, que elogiou o trem que o levou na quarta-feira até o estádio de São Paulo, sede da abertura da Copa, revelou que a Fifa “aprendeu de A a Z” como realizar uma Copa com a África do Sul, mas preferiu não compará-la com o Brasil.

“São países muito diferentes”, disse.

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