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Irmãos Brisolari: Bactéria pode ter matado 3 no Distrito Federal

11/10/2011 13h50 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Irmãos Brisolari: Bactéria pode ter matado 3 no Distrito Federal

Alessandra Brisolari - Foto arquivoA bactéria Streptococcus pyogenes, que provocou a morte dos irmãos André e Alessandra Brisolari (foto), há um mês, e também causadora de amidalite e faringite bacterianas, pode ter sido responsável pela morte de mais três pessoas, duas meninas de 10 e 11 anos, e uma mulher de 38 anos, no Distrito Federal, entre os meses de agosto e outubro. A informação é da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

De acordo com uma nota técnica emitida pela entidade, no último dia 27 de setembro, “a Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Distrito Federal recebeu a notificação de dois óbitos, entre agosto e setembro, por doença invasiva provocada pela Streptococcus pyogenes, conforme resultado laboratorial”. As duas mortes somam-se a uma terceira, ocorrida no último dia 4 de setembro e confirmada pela secretaria no dia 7, causada pela mesma bactéria.

As vítimas, informa a nota, eram pessoas do sexo feminino, de 10, 11 e 38 anos, que apresentaram febre, mialgia (dores musculares), coriza e dispneia moderada (falta de ar). Nas três situações, o quadro das pacientes agravou-se em menos de 12 horas e, apesar de internadas na UTI, as vítimas faleceram em até 24 horas após a internação. Segundo o texto, o intervalo entre o início dos sintomas e os óbitos foi de cinco dias.

Ainda em nota, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal emitiu o seguinte alerta: “Esse evento representa risco de propagação ou disseminação que necessita de rápida intervenção médica onde os casos apresentados possuem um padrão epidemiológico diferente do habitual no Distrito Federal”.

Os casos assemelham-se aos dos irmãos Brisolari. André foi internado na quarta-feira, 7 de setembro, e no dia seguinte, faleceu, devido à complicações decorridas da bactéria. Ele foi internado e apresentava como sintomas manchas pelo corpo, febre, pressão baixa, garganta pouco inflamada, saturação de oxigênio baixa, frequência cardíaca e respiratória alta. Alessandra morreu um dia após o irmão, com os mesmos sintomas.

Os irmãos moravam com o pai no Cruzeiro do Sul. A mulher trabalhava na Secretaria de Saúde. André era professor do Sesi e fazia doutorado na USP. O diagnóstico da causa da morte dos irmãos foi divulgado pela Prefeitura no dia 26 de setembro.

Procurado pela reportagem, o secretário de Saúde de São Carlos, Marcus Bizarro, por meio da assessoria de imprensa da prefeitura, afirmou que não se manifestaria sobre os casos no Distrito Federal, devido à falta do histórico clínico dos pacientes e da falta de dados acerca dos óbitos.{jcomments on}

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