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Já era esperado

14/01/2015 13h27 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Já era esperado

Dia 1 de janeiro de 2014. Subindo ou descendo os Champs Élysées, entre as centenas de pequenas barracas que constituíam a extensa e festiva Feira de Natal, podíamos observar mais de vinte patrulhas de diversos batalhões do exército francês, constituídas, na maior parte das vezes, por sete ou oito soldados fortemente armados. No Trocadero, Torre Eyffel, Museu do Louvre, Ópera, Notre Dame, Concórdia, Montmartre e em outros pontos turísticos importantes da capital francesa, o movimento de centenas de homens das diversas forças policiais, extremamente bem armados, era ostensivo, já para não falar na quase certa presença de policiais civis que, entre as centenas de milhares de turistas que se misturavam com a população parisiense, tentavam descortinar algum movimento ou presença suspeita. Essa era o resultado da informação que nos tinha chegado em meados de outubro, que a inteligência francesa tinha plena convicção que um atentado terrorista estaria prestes a eclodir na capital do país… Só não se sabia onde. Daí que os principais pontos de aglomeração de pessoas passaram a ser fortemente controlados e vigiados, tendo-se implementado um largo perímetro de segurança. Mas, esse atentado estava com data marcada. Na impossibilidade dos terroristas cometerem um verdadeiro morticínio, eles optaram por concretizá-lo onde menos se esperava, ou seja, fora da área mais intensamente vigiada, embora com um número reduzido de vidas (que não deveria ser seu propósito). Este atentado vem comprovar que o terrorismo é de fato um problema global e que nenhum país está isento de enfrentá-lo, dependendo os resultados da resposta que é dada. Por outro lado, é bom sublinhar que, embora esse atentado tenha sido perpetrado por um grupo radical islâmico, esse fato não tem qualquer conexão com a religião islâmica, que deve ser respeitada da mesma forma que todas as outras, daí que sentimentos ou movimentos anti-islâmicos sejam um absurdo.

 

(*) Jornalista das áreas de ciência e tecnologia – Correspondente internacional

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