Fotobiomodulação eficaz no tratamento do Zumbido
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O zumbido é um sintoma e não uma doença específica muito comum caracterizado pela percepção do som nos ouvidos ou na cabeça na ausência de uma fonte sonora externa. Estudos epidemiológicos em todo o mundo relataram prevalência de zumbido entre 5% e 43%. Embora muitas pessoas possam se habituar ao zumbido, outras são gravemente afetadas pelo distúrbio mesmo após procurar tratamento médico.
O zumbido é complexo caracterizado como uma percepção sonora sem qualquer estímulo acústico externo ou interno (Jastreboff, 2003), sendo objeto de grande número de estudos, especialmente devido às suas consequências na qualidade de vida do paciente.
E pode ter uma ou várias causas. Aparece em qualquer idade é mais frequente na terceira idade. Ocorre em cerca de 28 milhões de indivíduos no Brasil.
Fotobiomodulação (PBMT), também conhecida como terapia a laser de baixa intensidade (LLLT), é amplamente utilizada para tratar várias condições médicas, terapêuticas, como dor, inflamação, distúrbios sanguíneos, condições musculoesqueléticas, bem como regeneração de tecidos e uma gama de aplicações para as doenças cerebrais, neurotrauma, doenças neurodegenerativas, distúrbios neuropsiquiátricos, zumbido, disfunções vestibulares como tontura e alterações auditivas.
A Fotobiomodulação cerebral é uma modalidade terapêutica eficaz para distúrbios do sistema nervoso central (SNC). Por meio de vários estudos, está comprovado que a Fotobiomodulação pode melhorar o fluxo sanguíneo cerebral, atividade metabólica, neurogênese, neuroproteção por via antioxidante e anti-inflamatória.
Salehpour et colaboradores relataram que a via transmeatal pode superar as limitações e fornecer irradiação eficaz para o cérebro e o sistema límbico, através do conduto auditivo penetrando nas estruturas do lobo temporal, estruturas menos sólidas facilitando irradiação e a modulação da função cerebral.
Segundo a pesquisadora e Fonoaudióloga Dra Karina Souza, em relação ao zumbido uma das vias de aplicação cerebral é a Fotobiomodulação transmeatal (conduto auditivo) que tem como objetivo aumentar a proliferação celular, gerando aumento da ATP energia mitocondrial das células ciliadas, colágeno, promove o fluxo sanguíneo local na orelha interna ativando mecanismos de estimulação fotoquímica e fotofísica das mitocôndrias das células ciliadas. Esses efeitos da Fotobiomodulação foram comprovados na pesquisa realizada com pacientes de zumbido realizada em 2023 em parceria com Instituto de Física de São Carlos- USP – Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) – INCT – IFSC -USP, coordenado pelo Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato com participação do Tyndall National Institute, na Irlanda. As conclusões do estudo são detalhadas em artigo publicado na edição de março/2023 da revista científica Journal of Personalized Medicine.
Fontes: Dra Karina Souza, Fonoaudióloga docente e coordenadora científica Cursos CIT e Centro Integrado de Terapias – Londrina , Pesquisadora-Colaboradora do CEPOF – INCT – IFSC-USP; Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador do CEPOF – INCT – IFSC – USP e Membro do Grupo de Óptica – IFSC – USP; Me. Kleber Jorge Savio Chicrala – Jornalismo Científico e Difusão Científica – CEPOF – INCT – Grupo de Óptica – IFSC – USP