Pesquisa realizada nos laboratórios do CEPOF – IFSC – USP trabalha com soluções científicas promissoras utilizando a terapia de fotobiomodulação

Entrevistado: Mestrando Matheus Henrique Camargo Antonio
A dor é um dos principais motivos para consultas médicas e faltas ao trabalho ou à escola, sendo a dor musculoesquelética uma das formas mais comuns. Nos Estados Unidos, um em cada três americanos sofre de dor crônica anualmente, com aproximadamente 50 milhões de adultos enfrentando essa condição diariamente.
Podendo a dor ser classificada como aguda, subaguda ou crônica. A dor aguda dura até seis semanas, a subaguda entre sete e doze semanas, enquanto a dor crônica persiste por mais de três meses. Destes, 19,6 milhões sofrem de dor crônica de alto impacto, que interfere significativamente na qualidade de vida e nas atividades laborais. O custo anual da dor para os EUA é estimado entre US$ 560 bilhões e US$ 635 bilhões.
Tradicionalmente, os opioides são utilizados para tratar tanto a dor aguda quanto a crônica. Entretanto, o aumento da prescrição de opioides resultando-se em um crescimento significativo da mortalidade associada a esses medicamentos. A crise dos opioides evidencia o uso excessivo dessas substâncias e o consequente risco de dependência. Seus efeitos colaterais incluem sedação, alterações de humor, depressão e ansiedade, além de um risco elevado de overdose fatal. Portanto, a prescrição de opioides deve ser feita com cautela, utilizando a menor dose eficaz pelo menor tempo possível.
Diante dessa crise, cresce a necessidade de alternativas não farmacológicas para o manejo da dor. Uma das opções promissoras é a terapia de fotobiomodulação que utiliza luz não térmica e não ionizante na forma de laser de baixa intensidade ou LEDs de baixa intensidade, na faixa do vermelho e infravermelho próximo. A fotobiomodulação apresenta efeitos biológicos significativos, como aumento da proliferação celular, aceleração da cicatrização, regeneração tecidual, prevenção da morte celular, atividade anti-inflamatória e alívio da dor. Seu mecanismo de ação envolve a estimulação das mitocôndrias, promovendo maior produção de ATP sendo a principal molécula de energia, modulação da precisão intracraniana, tendo o cérebro comportar a capacidade de estimulo dolorosos, levando assim a analgesia e redução da fadiga, atuando diretamente nas terminações nervosas. Podendo ser observado o efeito analgésico da PBMT ser observado em 10 a 20 minutos após a aplicação.
A PBMT tem sido utilizada no tratamento de diversas condições musculoesqueléticas, como osteoartrite, fibromialgia, distúrbios temporomandibulares, hérnia discal, além da dor pós-operatória em cirurgias. Seu uso está associado com a possibilidade da redução de medicamentos analgésicos, incluindo anti-inflamatórios não esteroides e opioides. Por possuir boa evidência científica e praticamente nenhum efeito colateral, a PBMT se destaca como uma alternativa segura e eficaz para o tratamento da dor.
Atualmente, em diversos projetos e ações clínicas, o aluno de mestrado Matheus Henrique Camargo Antonio é membro de uma equipe que age diretamente no atendimento clínico e tem conseguido muito êxito nos resultados. Hoje, nos projetos de fibromialgia, dor de crescimento e dores generalizadas, o atendimento sempre pontual consegue utilizar não apenas a laserterapia, mas uma série de tecnologias associadas que, por meio de parcerias públicos privadas, chegam aos profissionais devidamente testadas e com muitas comprovações científicas. Tudo isso, sob orientação do professor Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) – Instituto de Física de São Carlos(IFSC) – INCT – Universidade de São Paulo (USP).
Fontes: Mestrando Matheus Henrique Camargo Antonio – Pesquisador do CEPOF – INCT – IFSC – USP – Grupo de Óptica; Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) – Instituto de Física de São Carlos(IFSC) – INCT – Universidade de São Paulo (USP); Me Kleber Jorge Savio Chicrala – Jornalismo Científico e Difusão Científico – CEPOF – INCT – IFSC – USP
Mestrando Matheus Henrique Camargo Antonio
Pesquisador do CEPOF – INCT – IFSC – USP – Grupo de Óptica