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Pesquisa tem como tema o laser de baixa potência pode diminuir a dor e acelerar a cicatrização em mulheres após o parto vaginal com lacerações perineais

Entrevistadas: Fisioterapeuta Thais de Castro, Profa. Dra. Lígia de Sousa Marino e Profa. Dra. Simone Botelho

25/01/2025 22h57 - Atualizado há 22 horas Publicado por: Redação
Pesquisa tem como tema o laser de baixa potência pode diminuir a dor e acelerar a cicatrização em mulheres após o parto vaginal com lacerações perineais    As Pesquisadoras: Fisioterapeuta Thais de Castro, Profa. Dra. Lígia de Sousa Marino e Profa. Dra. Simone Botelho, envolvidas nesta linha de pesquisa “ O laser de baixa potência pode diminuir a dor e acelerar a cicatrização em mulheres após o parto vaginal com lacerações perineais “ .

A luz como tratamento de doenças é utilizada desde as civilizações antigas. Porém, foi no século XIX que ela se consolidou, por meio da demonstração dos benefícios da luz em pacientes com Lupus Vulgaris. Já em 1967, um médico búlgaro constatou os resultados positivos do laser de baixa potência (Low Level Light Therapy) na cicatrização de feridas em camundongos, o que fez aumentar o interesse da comunidade científica a respeito dos efeitos do laser nos tecidos biológicos. Sendo assim, a luz é um tipo de energia e a interação entre ela e o tecido podem resultar em benefícios clínicos, como analgesia (diminuição da dor), controle da inflamação, modulação de células do sistema imune, além de estimular o processo de cicatrização de feridas. Destacando também que o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) – IFSC – USP, coordenado pelo Prof.Dr.Vanderlei Salvador Bagnato, também desenvolve importantes linhas de pesquisas na área da óptica e da fotônica, em diversas linhas de pesquisas, inclusive na área da saúde.

O laser de baixa potência é um tipo de terapia por luz que está sendo amplamente estudado em diversas condições de saúde. O grupo de pesquisa da Fisioterapeuta Thais de Castro e das Doutoras Lígia Marino e Simone Botelho, situado no Instituto de Ciências da Motricidade da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), estuda o efeito dessa ferramenta em mulheres que passaram pelo parto vaginal e que sofreram lacerações perineais.

A laceração perineal é definida por qualquer lesão no períneo que envolve pele, fáscia e músculos durante o parto vaginal. 90% das mulheres que passam por essa via de parto apresentam algum grau de lesão perineal, as quais podem ser causadas naturalmente, chamadas de lesões espontâneas, ou pelo uso da episiotomia. Esse tipo de trauma pode resultar em problemas para mulher a curto prazo, como o risco de sangramentos, infecções, dor, inchaço (edema) local e uso excessivo de analgésicos; e a longo prazo, como dores pélvicas, atraso no retorno às relações sexuais e risco de disfunções no assoalho pélvico.

Ao perceber o alto número de mulheres acometidas por esse tipo de lesão, bem como as repercussões negativas para as suas vidas, e a falta de estudos envolvendo o laser de baixa potência nesse contexto, o grupo de pesquisa da fisioterapeuta Thais de Castro e das Doutoras Lígia e Simone, realizou um estudo clínico envolvendo mulheres que tiveram lacerações perineais durante o parto vaginal. O laser foi aplicado ainda na maternidade, a fim de diminuir as dores, inchaço e vermelhidão na região, além de favorecer uma experiência positiva da mulher com o parto e a diminuição da ingestão de analgésicos.

O estudo faz parte da Dissertação de Mestrado da fisioterapeuta Thais de Castro, que foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), sob orientação da Dra. Lígia e coorientação da Dra Simone. Além do estudo apresentado, o grupo apresenta outras pesquisas envolvendo a Saúde da Mulher, como uso do laser em fissuras mamilares devido a amamentação, estética íntima e recursos fisioterapêuticos em sala de parto.

A fisioterapeuta Thais de Castro é especializada em Disfunções do Assoalho Pélvico pela Universidade Federal de Alfenas e reconhecida pela Associação Latino-americana de Piso Pélvico (ALAPP). Além de estar em fase de finalização do mestrado, sendo a defesa da dissertação prevista para março deste ano. Ela também apresenta experiência clínica em disfunções do assoalho pélvico, como incontinências, dores pélvicas, constipações e prolapsos, e durante o período gestacional, sala de parto e pós-parto.

A Doutora Lígia Marino é fisioterapeuta e professora associada a Universidade Federal de Alfenas do curso de fisioterapia e professora permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação. Suas linhas de pesquisa são dermatofuncional, câncer de mama e doenças vasculares.

A Doutora Simone é fisioterapeuta, professora associada a Universidade Federal de Alfenas do curso de fisioterapia, professora permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação e professora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Cirurgia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Suas linhas de pesquisa estão relacionadas a área de Urologia e Saúde da Mulher, com ênfase em fisioterapia na gestação, parto e puerpério; disfunções miccionais, avaliação e treinamento dos músculos do assoalho pélvico feminino.

Fontes: A fisioterapeuta Thais de Castro é especializada em Disfunções do Assoalho Pélvico pela Universidade Federal de Alfenas e reconhecida pela Associação Latino-americana de Piso Pélvico (ALAPP); A Doutora Lígia Marino é fisioterapeuta e professora associada a Universidade Federal de Alfenas do curso de fisioterapia e professora permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação;A Doutora Simone é fisioterapeuta, professora associada a Universidade Federal de Alfenas do curso de fisioterapia, professora permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação e professora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Cirurgia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador do CEPOF – INCT – IFSC – USP – Grupo de Óptica : Me. Kleber Jorge Savio Chicrala – Jornalismo Científico e Difusão Científica – CEPOF – INCT – IFSC – USP – Grupo de Óptica

 

 

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