Após cem dias de atuação como presidente da PROHAB (Progresso e Habitação São Carlos), Marquinho Amaral, comemora os resultados do seu trabalho à frente da empresa de economia mista. “Apesar da grande votação que tive e, num primeiro momento, da decepção de não conseguir a reeleição, agradeço hoje a Deus pela confiança do prefeito Netto Donato e da experiência de comandar esta importante empresa de economia mista. É um desafio que encarei. Quero um dia deixar a PROHAB como uma empresa modelo”, ressalta ele.
Marquinho recebeu três opções do prefeito Netto Donato (PP) para continuar atuar na política. A ele foi oferecido pelo então prefeito eleito de atuar na Secretaria Municipal de Trânsito, a outra era a Secretaria de Relações Institucionais. “Na antevéspera de Natal, Netto me visitou na minha casa. Falamos de outros locais e eu perguntei para ele sobre a PROHAB. Ele me respondeu que a PROHAB era um desafio. Aí eu disse que era justamente isso que eu queria para atuar no Poder Executivo”, comenta.
Marquinho relata que fora avisado pelo prefeito Netto que enfrentaria dificuldades na PROHAB. “Mesmo assim encarei a missão. Nós assumimos com muitas dificuldades, pois não houve o repasse à PROHAB nos últimos três meses do governo do prefeito Airton Garcia devido à uma redução de gastos no fim da gestão. “Assumimos com uma série de problemas. Não tínhamos recursos. A fábrica de artefatos que recicla materiais de construção estava parada por falta de licitação. Nós não tínhamos renovado a relação comercial que existe junto à FUNAP, que é a fundação que cuida dos reeducandos. Tivemos que correr atrás disso com o Kléber, que é o atual diretor da fábrica e com o Anselmo, que continuou na PROHAB como diretor de engenharia. Eles arregaçaram as mangas e conseguimos restabelecer este convênio com a FUNAP e aumentamos de 16 para 18 reeducandos atuando na empresa”.
Outro desafio foi a utilização de uma pá carregadeira que é fundamental para o funcionamento da fábrica de artefatos. “Temos uma máquina que foi uma doação do Ministério Público do Meio Ambiente, que foi nos cedido pelo promotor Dr. Flávio Okamoto. Ele doou R$ 500 mil na época. E parte destes R$ 500 mil foi para adquirir esta máquina, que é nova moderna. É uma pá carregadeira. Precisávamos que o SAAE nos cedesse um operador de máquinas. Mas não havia dedicação exclusiva à PROHAB. Mas descobrimos um reeducando que atuava como operador de máquinas. Falamos com o Dr. Flávio Okamoto e ele gostou da ideia. Conversamos com os responsáveis pelo reeducando e acabamos assinando e esta pessoa opera a máquina. Estamos dando a uma pessoa que na sua vida cometeu um pequeno delito a oportunidade de se ressocializar. E se sele continuar no ritmo que está trabalhando e continuar eficiente e competente, já sai praticamente empregado. Pessoas que vão lá dos ramos da construção nos disseram que têm dificuldades de encontrar profissionais e dizem que teriam interesse no trabalho dele”, relata Marquinho.
Um outro problema foi a falta de funcionários na PROHAB. “Há muito tempo não temos servidores municipais concursados. Hoje a grande maioria dos funcionários da PROHAB são cedidos pela Prefeitura Municipal”, explica
Com relação à construção de 200 ou 400 apartamentos na Avenida Bruno Ruggiero Filho, Marquinho esclarece que tal projeto não tem qualquer relação com a PROHAB e sim a outras instâncias do Governo Municipal. “É um projeto que está sendo debatido fora da PROHAB e que não passou pela PROHAB esclarece ele”.
O presidente da PROHAB destaca que está feliz em sua primeira experiência no Poder Executivo. “Durante toda a minha vida política, que exerci desde 1992. Fiquei na Câmara Municipal durante mais votados. Em 2008 fiquei fora da Câmara. Na época fui convidado pelo prefeito Oswaldo Barba (PT), mas não aceitei e fui assessor do deputado federal Lobbe Neto e do deputado estadual Roberto Massafera. Nada é por um acaso. Para mim está sendo muito importante presidir a PROHAB”, comenta.
A experiência como vereador por vários mandatos e presidente da Câmara Municipal de São Carlos por duas vezes, foi fundamental para que Marquinho conseguisse simplificar a legislação sobre a criação e as funções da PROHAB. “Tínhamos legislações que se confrontavam entre si. Agora sintetizamos tudo em uma lei só, atual e moderna, para orientar nossos trabalhos”.