A autocrítica, você já se sentiu como o seu maior inimigo?
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É comum que às vezes alguém não se sinta bem consigo mesmo ou mesmo confiante em fazer uma atividade pela primeira vez.
No entanto, há casos em que a autoestima dessa pessoa pode estar muito baixa. E, assim, ela começa a se sabotar de forma inconsciente.
Lembrando que a autoestima é a maneira que alguém avalia seus valores intrínsecos e sua capacidade de lidar com desafios diários. E quando essa é afetada, o indivíduo tem um prejuízo nas suas competências e habilidades diárias.
As chamadas “vozes de autocrítica” são aquelas vozes internas que se escutam na própria cabeça, de uma forma normal, mas, que servem para apontar: erros, possíveis fracassos, tarefas incompletas e censuras daquilo que se considera incapaz de ser feito.
De forma saudável, podem ajudar a: fazer autoavaliações, identificar pontos de melhora na busca de objetivos específicos, ajudar na autorreflexão, com críticas pessoais construtivas, a enfrentar preconceitos enraizados e a lidar com barreiras interpessoais. Isso é, definem melhor as potencialidades de alguém.
Contudo, para algumas pessoas, essas vozes são mais tirânicas; ou seja, se tornam gritos mentais que impedem a pessoa de agir e afetam a sua autoestima.
Em um funcionamento ansioso, por exemplo, criam-se problemas inexistentes que engrandecem as possíveis falhas e incapacidades pessoais. O indivíduo passa a se questionar constantemente do seu próprio valor em relação a si e ao outro, se suas decisões são corretas, se suas ações são válidas ou até mesmo se realmente as fez.
É o famoso caso de pessoas que sabotam seus próprios atributos em: uma entrevista de emprego; ao buscar relacionamentos; nos estudos; ou quando precisam lidar com responsabilidades próprias.
Pessoas com vozes altas de autocrítica também acostumam a escutá-las e a lhes dar razão, porque acreditam que caso o façam, já estarão preparadas para os piores cenários possíveis de suas vidas, então não irão se frustrar com o que a realidade irá apresentar.
Porém, na verdade, acabam por se decepcionar muitas vezes mais. Já que, nesse modo de pensar, criam cenários mirabolantes e se desapontam por antecipação, muitas vezes com algo que nem irá realmente acontecer.
Tendo tudo isso em vista, ressalta-se a importância da psicoterapia como espaço de tratamento e melhora, pois é o lugar no qual a pessoa pode aprender a melhorar sua autoestima, ter autocompaixão, reconhecer suas capacidades e potencialidades, lidar com ansiedades, enfrentar autossabotagens e frustrações e deixar de ser vítima de seus próprios abusos mentais.
Psicólogo Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)
Psicanalista especializado em gênero e sexualidade
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